VOCÊ
SABIA... que, no dia 05 de fevereiro de 1934, nasceu, em Ribeirão Preto, o
artista plástico ARY DE LAZARI, autor de pinturas (óleo e aquarelas),
esculturas (em pedra sabão) e micro esculturas (em giz e lápis)? Ainda
criança, fazia trabalhos em argila colhida no córrego Retiro Saudoso. Dos 11
aos 14 anos, trabalhou em uma marmoraria, onde manteve contato com escultores. Entusiasmando-se com arte, foi aluno, professor e diretor da Escola Municipal de Belas Artes (escola do
bosque). Como auxiliar do advogado Dr. João Palma Guião foram lhe abertos caminhos. Assim, aos 14 anos, teve um
emprego na Antarctica. Nesta época, estudava e fazia curso regular na Escola de Artes do Bosque, onde, também, teve aulas de anatomia com o Dr. Fábio
Musa. Para o professor da Faculdade de Farmácia, Dr. César Pinto, chegou a
ilustrar vários livros de sua autoria. Ainda, por um tempo trabalhou no barzinho do
irmão, ajudando-o. Depois, passou a carimbar sacos
na Secretaria da Agricultura. A seção de Irrigação, Drenagem e Conservação do
Solo, como era nova e precisava de um desenhista, De Lazari apresentou-se e passou a exercer
a função, tendo sido um período de excelente aprendizado. Ali, inclusive, veio fazer
muitos desenhos para ilustrar cartilhas para professoras que ensinavam nas
fazendas. Formou-se em técnico de contabilidade (1953) e, como funcionário da
Prefeitura, começou a trabalhar na rua Cerqueira César, no Departamento de
Engenharia, ocupando função de encarregado na Seção de Cadastro e
Numeração. Concluído o curso de Artes, no Colégio Progresso, lecionou Desenho Técnico. Foi professor de
Desenho na Escola Fábio Barreto. Foi professor na escola Senac. A inspiração de
Ary De Lazzari vem do cotidiano e das
lembranças de quando era criança. Igualmente, os pontos icônicos da cidade lhe servem de modelo. Confessa não saber fazer uma obra temática, por isso, não pega encomendas. Além
de exímio pintor de aquarelas, e tendo por matérias-primas o giz e o grafite,
Ary elabora as micro esculturas, que estão registradas no livro “Minicriaturas”,
lançado em janeiro de 2017, que rendeu, além de uma exposição no Hotel
Umuarama, nos seus áureos tempos, uma outra, mais recente, no RibeirãoShopping, com a apresentação de 25 peças em pedra sabão, giz e
lápisem, bem como 05 esculturas em pedra sabão, sendo que duas receberam os
títulos de “Aprendo ainda” e “Eu seu desenhar”. As pinturas também ganharam
registro especial no livro “Ribeirão Preto, Registros & Memórias”, escrito
por sua filha Silvia. Dentre as
exposições que fez, aos 12 anos, uma obra de sua autoria foi exposta em uma
mostra itinerante de artistas da Pinacoteca, na sede da Legião Brasileira. Como frequentava muito a Legião Brasileira, a bibliotecária abriu-lhe o espaço. São croquis, desenhos de diversas fases, pinturas, esculturas e até
livros de assinatura. Certa feita, numa exposição em comemoração ao aniversário
de Andradina (1968), uma senhora lhe perguntou se ele era o autor, pedindo autorização
para usar mais de uma linha no livro de presenças. Acabou escrevendo uma página
inteira de elogios. Era Cora Coralina.
Ary, também, participou do “Salão Ambulante”, promovido pelo Governo do
Estado de São Paulo, do XIV Salão de Belas Artes de Araraquara, do 2° festival
de Arte Moderna de Macaé-RJ, do 5° São de Belas Artes de Jaboticabal e apresentou uma mostra individual, em março/2012, nas dependências da Câmara dos Deputados, em Brasília-DF. De
Lazari tem um notável acervo. São "croquis", desenhos de diversas fases, pinturas, esculturas e até livros de assinaturas, com cerca de de 50 mil opiniões registradas, testemunhando o
reconhecimento de sua obra. De boas lembranças, De Lazari se recorda: “Quando as escolas de balé
da cidade pediam para o diretor da
Escola do Museu, Antônio Palocci, ajudar na elaboração dos cenários das
apresentações. presenciou vários ensaios das bailarinas”. Noutra ocasião, "quando os alunos da Escola de Arte do Bosque, foram, em 1951, para o Rio de Janeiro, várias visitas foram feitas. Uma delas foi à Escola Nacional de
Belas Artes. Assistiram, com surpresa, a uma aula de cópia do natural de uma mulher nua. Restou na minha memória, contudo, a imagem não de uma mulher viva, e sim de uma estátua
de mármore branco. A modelo tinha muita maquiagem e não fazia nenhum
movimento. Os modelos profissionais faziam parte do quadro de funcionários
daquela escola”. Lembra, mais que, "quando ia ao fórum para o advogado Dr. Guião, no prédio da rua Duque de Caxias, General
Osório e Cmte. Marcondes Salgado, para entregar petições documentos ao juiz, tinha que subir no primeiro andar e esperar que fosse chamado Dava para ver, pelas janelas os presos tomando sol. No térreo, ficava a Delegacia e, nos fundos, a Cadeia.
No primeiro andar, o Fórum".
VEJA A SINOPSE E PÁGINAS DO LIVRO “RIBEIRÃO PRETO, REGISTROS & MEMÓRIAS”, nos links:
http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=R&idCity=24&idCategory=8&idBook=1682
https://www.calameo.com/books/000628381f2d9d52710bc
VEJA A OBRA DE ARY DE LAZARI, no link:
https://www.facebook.com/arydelazari/
VEJA VÍDEO DA MOSTRA NA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EM BRASÍLIA-DF, REALIZADA EM MARÇO, DE 2012 (ao clicar no link, dê outro clique em BAIXAR (embaixo à direita) e, em seguida, ABRIR ARQUIVO.
https://www.camara.leg.br/tv/366882-exposicao-de-ary-de-lazari-retrata-ribeirao-
preto/
VEJA A ENTREVISTA DADA POR DE LAZARI À REVISTA REVIDE
https://www.revide.com.br/noticias/revista/simplicidade-na-arte/