VOCÊ SABIA...que, no dia 04 de janeiro de 1876 nasceu, em Resende-RJ, o ex-prefeito de Ribeirão Preto, FABIO DE SÁ BARRETO. Pertencia a uma família de pioneiros da expansão da cafeicultura nesta região. Seus pais foram Cândido Pereira Barreto e Virgínia Clara de Sá Barreto. Nesse mesmo janeiro de 1876, os tios de Fábio, Luiz Pereira Barreto, José Pereira Barreto, Miguel Pereira Barreto e Francisco Pereira Barreto organizaram a famosa “Caravana Pereira Barreto”, a qual, saindo de Resende-RJ, aportou em terras de Ribeirão Preto, adquirindo a “ Fazenda Cravinhos”, que deu origem a esse Município. Ainda o seu tio, Luiz Pereira Barreto, foi o responsável pela introdução do café tipo "Bourbon" na região. Entrando nessa onda, em outubro de 1876, o seu pai, Cândido Pereira Barreto, mudou-se com a sua família, inicialmente para São Simão e, ao depois, para Ribeirão Preto. Fábio tinha 9 meses. Juntamente com outros irmãos, em 1888, Cândido formou a “fazenda Jandaia”, na área de Cravinhos. As primeiras letras, Fábio as cursou no Collegio João Alfredo, em Ribeirão Preto. Em seguida, seus pais se mudaram para Jaboticabal e, posteriormente, para Franca onde formaram a fazenda de café “Nova-Jersey”. Em Franca, Fábio Barreto passou parte da infância e cursou o Colégio César Ribeiro. Em seguida, transferiu-se para a cidade de Campinas para completar os estudos no Colégio Culto à Ciência. Mudou-se para São Paulo onde fez o curso preparatório no Colégio Delamare. Trabalhando como funcionário dos Correios e Telégrafos, sustentou seus estudos e, em 1895, bacharelou-se em Direito. Após a formatura, Fábio Barreto retornou a Franca, onde iniciou sua carreira como advogado, tornando promotor público interino em Patrocínio do Sapucahy (atual Patrocínio Paulista). Em 1899, mudou-se para Ribeirão Preto. A convite do amigo Breno Santos (irmão de Plínio Travassos dos Santos), lecionou matemática no Colégio Spencer e tornou-se sócio no escritório de advocacia de Breno. Foi eleito vereador para a Legislatura de 1905-1908, mas renunciou em 1906. No ano de 1907, tomou posse como lente do Ginásio do Estado (atual escola Otoniel Mota), na cadeira de Aritmética e Álgebra. Nesta época, atuou como advogado, juntamente com Camilo de Mattos e Meira Júnior, na defesa de Iria Alves Ferreira Junqueira, acusada de ser mandante do famoso “Crime de Cravinhos”. Filiado ao PRP e integrado no grupo do Cel. Joaquim da Cunha Diniz Junqueira, voltou à Câmara de Ribeirão Preto e foi escolhido seu presidente, na legislatura 1920-1923, durante a gestão do prefeito Joaquim Macedo Bittencourt. Reeleito presidente da Câmara Municipal, em sessão realizada em 15/01/1924, exerceria todo o mandato na legislatura 1923-1926, não obstante tivesse, em 1924, sido eleito deputado federal. Reelegeu-se vereador, ainda mais uma vez, para a legislatura seguinte, de 1927 a 1929, mas afastou-se para assumira Secretaria do Interior do Estado de São Paulo, no governo de Júlio Prestes de Albuquerque (1927-1930). Atingido pela Revolução de 1930, voltou para Ribeirão Preto, reassumindo o cargo de professor no Ginásio do Estado. Em 1932, com César Vergueiro e Arthur Whitaker, foi encarregado de reorganizar diretórios do Partido Republicano Paulista – PRP, tendo deixado constituídos 206 (duzentos e seis)deles. Foi nomeado prefeito interventor nos períodos: 16/9/1936 a 10/11/1937 (substituindo o primo Alberto Whately, que se exonerara); 10/11/1937 a 23/3/1939 e 23/3/1939 a 3/5/1944 (durante o Estado Novo). No período em que exerceu o cargo de prefeito interventor, executou inúmeras benfeitorias na cidade, entre as quais: instituição do Bosque Municipal, criação do Zoológico e Orquidário, remodelação da Praça XV de Novembro e construção da Fonte Luminosa, arborização da av. 9 de Julho, reforma e arborização das Praças Santo Antônio, Luís de Camões e Coração de Maria, apoio para fundação do Aeroclube e a construção da Avenida Francisco Junqueira (nome do sobrinho do Cel. Quinzinho e que fora Secretário da Agricultura do governo de São Paulo, em 1932). Curiosidades: Fábio Barreto não fazia uso de veículo motorizado para se locomover, sempre tendo à sua disposição um "trolley" puxado por vistosos cavalos. E, mais, só se vestia com ternos de linho "120", portando uma bengala, parecendo um "Dândi"(aquele homem de bom gosto e senso estético). Fábio Barreto solicitou afastamento do cargo em 03/03/1944, não sem antes assinar a ordem de demolição do Theatro Carlos Gomes, cumprida pelo seu sucessor Alcides de Araújo Sampaio (03/05/1944 a 20/11/1944).Durante os anos de 1944 a 1948, Fábio Barreto foi advogado do Banco do Estado de São Paulo, nesta cidade, e, atendendo aos pedidos do interventor do Estado (governador), Sr. Fernando Costa, e do então prefeito de Ribeirão Preto, Sr. Alcides de Araújo Sampaio, igualmente foi administrador e gerente do Bosque Municipal. Foi durante este período que Fábio Barreto terminou as obras de reforma do Orquidário e inaugurou o Aquário Municipal. Solteiro e sem filhos, foi irmão de Clotilde, Maria Adelaide, Plauto, Eurídice, Eudoro, Cândido Filho, Clarisse (1a. esposa de Plínio Travassos dos Santos), Alice, Homero (musicista e compositor), Lizímaco e Adelayde. Faleceu em Ribeirão Preto, SP, em 05/12/1948 (72 anos) e foi sepultado no Cemitério da Saudade. O seu nome foi dado ao Bosque Municipal, a uma avenida e a uma escola estadual de primeiro grau. Ainda lhe foi dado o nome de uma escola em Registro-SP.
VEJA O QUE FOI A “CARAVANA
PEREIRA BARRETO”
http://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=voceSabia&mes=3&dia=19
VEJA A ATUAÇÃO DE FÁBIO BARRETO NO
“CRIME DE CRAVINHOS”
http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=C&idCity=19&idCategory=1&idBook=146
OFÍCIO DE FÁBIO DE SÁ BARRETO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL,
COMUNICANDO AO PRESIDENTE DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A SUA REELEIÇAO.
https://www.al.sp.gov.br/repositorioAH/Acervo/Alesp/Republica/C_124/0015_1924.pdf
http://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=efemerides&mes=1&dia=4