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VOC� SABIA...que, no dia 26 de fevereiro de 1945, faleceu, no Rio de Janeiro, o benem�rito PADRE EUCLIDES GOMES CARNEIRO? Nascera aos 14/08/1879, em Itajub�-MG. Estudou no Semin�rio Episcopal de Mariana, MG, entre 1896 e 1899. Chegou a Ribeir�o Preto em 1902, nomeado para trabalhar como coadjutor do padre, e depois, Monsenhor Joaquim Ant�nio Siqueira, a quem sucedeu como vig�rio da Par�quia de S�o Sebasti�o. Se o per�odo do Monsenhor Siqueira foi de grande prest�gio para a Igreja Cat�lica, aquele do Pe. Euclides foi maior ainda. Em 30/05/1903, com um grupo de jovens, fundou a "Associa��o dos Catequistas Volunt�rios", posteriormente denominada de "Sociedade Legi�o Brasileira de Cultura e Civismo". Foi um dos idealizadores e diretor da "Santa Casa de Miseric�rdia", ocasi�o em que, ainda em 1905, e pela vez primeira trouxe freiras da Ordem das Filhas de Maria Auxiliadora (freiras salesianas) para serem "Irm�s de Caridade" do nosoc�mio. Participou do grupo que promoveu, ainda em 1905, o in�cio das obras da "Catedral". Foi o idealizador do "Asylo de Mendicidade", cujo in�cio das obras deu-se em 1919, gra�as � doa��o de grande �rea pelo benem�rito casal Rita e Capit�o Joaquim Firmino de Andrade Junqueira e doa��es, dentre outras, de Ant�nio Diederichsen, Adalberto Roxo e Jos� Martimiano da Silva. A inaugura��o deu-se em 12/10/1920. Tanto o in�cio das obras quanto a inaugura��o aconteceram quando o padre Euclides j� tinha sido removido da cidade. Mais tarde, essa entidade recebeu o nome de �Asilo Padre Euclides�. O lema de Padre Euclides era �Deixar a Sacristia e ir ao Povo�. H� hip�teses sobre a sua sa�da de Ribeir�o. Aventou-se a possibilidade de que ele integrasse uma corrente dissidente (progressista) no interior da Igreja Cat�lica da �poca. O mais prov�vel foi que teria ocorrido um choque de lideran�as entre o bispo Dom Alberto Jos� Gon�alves e o padre Euclides, que granjeara grande prest�gio na cidade. Em carta dirigida ao Arcebispo de S�o Paulo, Dom Alberto justificou a remo��o, alegando que familiares do Pe. Euclides estariam visitando fam�lias da cidade, denegrindo a sua imagem episcopal. Por outro lado, em entrevista concedida ao jornal "Di�rio da Manh�", o Bispo Dom Alberto explicou as raz�es dessa transfer�ncia: "No exerc�cio do cargo, ele violava as leis da Igreja, fazia festas e prociss�es sem permiss�o; celebrava casamentos sem a publica��o de proclamas; sa�a da Diocese sem licen�a, n�o se dignava responder as cartas que eu lhe escrevia em obje��o de servi�o, nem me prestava as informa��es que eram por mim pedidas". Seriam essas ou n�o as raz�es, o certo � que, em 1�/06/1915, o p�roco foi removido, compulsoriamente, para a Par�quia de S�o Jos� do Rio Pardo, onde permaneceu cerca de quatro anos, fundando ali o Asilo de Mendicidade e reformando a Igreja Matriz. Logo em seguida � remo��o, cerca de 300 simpatizantes do Pe. Euclides, de todas as classes sociais, contrataram um trem especial da Mogiana e, acompanhados pela Banda �Filhos de Euterpe�, regida pelo Maestro Jos� Delfino, em 13/06/1915, desfilaram pelas ruas de S�o Jos� do Rio Pardo em desagravo a ele, tendo discursado na ocasi�o o pol�tico e escritor Jo�o Pedro da Veiga Miranda. Na �poca de seu anivers�rio, seus admiradores faziam excurs�es para essa cidade, procurando estar junto a ele, tamanho era o carinho. Em junho de 1919, Padre Euclides foi removido de S�o Jos� do Rio Pardo para a cidade de Botucatu e ali tamb�m fundou um asilo para a velhice desamparada (a sua obsess�o). Depois, em meados de 1925, trabalhou at� 08/09/1926 em Piraju-SP, retornando a Botucatu. Em 1939, foi transferido para o Rio de Janeiro-RJ, como capel�o do Convento do Sant�ssimo Sacramento. Faleceu no Rio de Janeiro, em 26/02/1945. Os seus restos mortais foram transladados, em 30/04/1950, do Cemit�rio S�o Francisco Xavier, do Rio de Janeiro, para a Capela Nossa Senhora Aparecida, do Asilo Padre Euclides local. Em sua homenagem, em 26/02/1946, foi Instalada, no canteiro central da avenida da Saudade, defronte ao Asilo, a sua est�tua amparando um velho. Cont�m a placa: �Padre Euclides Carneiro (14/08/1879-26/02/1945) - Ao ap�stolo da caridade e da f�, o reconhecimento e a venera��o do povo de Ribeir�o Preto - XXVI-II-MCMXLVI". A iniciativa foi dos Padres Beneditinos Olivetanos. A autoria foi do artista Vicente Alberto Crozera. A execu��o foi feita pela Escola Industrial de Artes e Of�cios. Por ocasi�o do alargamento da av. Saudade, a est�tua foi retirada do canteiro central, tendo a Lei n. 1.892, de 22/03/1967, autorizado a remo��o para a Pra�a Santo Ant�nio. Em meados da d�cada de 1990, como parte das comemora��es das reformas do Asilo Padre Euclides, a est�tua foi removida para o interior dessa institui��o.