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VOCÊ SABIA...que, no dia 02 de junho de 1905, foi celebrada a última missa e iniciada a demolição da VELHA MATRIZ DE RIBEIRÃO PRETO? Ela fora o segundo templo católico do que é hoje o centro. Com efeito, a primeira capelinha edificada por volta de 1853, (logo depois das primeiras doações de terras indivisíveis para o Patrimônio de São Sebastião no condomínio da Fazenda Barra do Retiro) foi uma tosca ermida de pau a pique, coberta de sapé, nas imediações de onde, hoje, é a Praça Rio Branco (da Prefeitura).  Com o tempo, essa acanhada capelinha passou a não atender às necessidades  dos fiéis católicos do povoado e das fazendas que a frequentavam por ocasião das festas e das visitas do vigário de Casa Branca. Assim é que, em 28/03/1863, quando já havia sido feita a DEMARCAÇÃO JUDICIAL dos terrenos que foram anteriormente DOADOS para compor o PATRIMÔNIO DA CAPELA DE SÃO SEBASTIÃO, localizados nas Fazendas Retiro e  Barra do Retiro (em 19/06/1856), o Pe. Manuel Euzébio de Araújo, cumprindo ordem do bispo diocesano de São Paulo, Dom Sebastião Pinto do Rego, definiu o lugar em que seria construída a Matriz.  De boa hora foi um donativo feito no Inventário de Maria Felizarda, esposa de um dos doadores do patrimônio, José Borges da Costa. Com esse dinheiro, foi possível dar início à construção do novo templo. Em 1868 estava concluída a Igreja e, em 02/01/1868, foi proferida pelo Tribunal Eclesiástico a Sentença, que reconheceu, oficialmente pela Igreja, as doações de terras  que formaram o Patrimônio de São Sebastião do Ribeirão Preto. O processo perante o Juízo de Comissão e Diligências,  e que tramitou pelo Cartório da Comarca Episcopal da Diocese de São Paulo, teve como autores Francisco Maximiano Diniz Junqueira, João Alves da Silva Júnior, João Alves da Silva Primo e Maximiano Pedroso de Almeida. Por conseguinte, foi ela habilitada para a celebração de ofícios religiosos, conforme provisão datada de 09/01/1868. Ainda durante a construção, foram feitos sepultamentos nos fundos. Informação dá conta que de 19/10/1867 até 14/06/1870, teriam sido cerca de 284 inumações. A corroborar com essa afirmação, existe outra que teriam sido encontrados ossos, quando da construção do monumento do soldado constitucionalista. Em 26/11/1869, foi a Capela declarada Curada (ou Curato), que era um título oficial dado a uma capela situada numa povoação com determinada importância econômica e populacional), tornando-se independente da Matriz de São Simão, tendo sido nomeado como  "Capelão do Curato" o Pe. Ângelo Phillidory Torres.   No ano de 1870, na mesma ocasião em que o povoado foi elevado, por lei estadual, à categoria de freguesia civil, a diocese de São Paulo decretou, sob forma de provisão canônica, o título de Paróquia, tendo sido nomeado,  como primeiro "Vigário" ou "Pároco",  o Pe. Ângelo Phillidory Torres. O tempo passou e, em 1892, as dependências da 1a. Matriz já não atendiam ao número expressivo de fiéis e, ainda, as suas duas torres ameaçavam ruir, tanto é que foram postas abaixo. Um ano depois, no dia 21/10/1893 foi lançada a pedra fundamental da que é hoje a Catedral Metropolitana, cujas obras tiveram um andamento lento, sendo que a fase dos alicerces foi concluída em 03/05/1905. Certamente precisando de dinheiro para a conclusão do novo templo, um pouco antes, em 04/01/1905, a Diocese de São Paulo firmara com a Câmara Municipal de Ribeirão Preto contrato em que esta faria a desapropriação e a demolição da antiga Matriz. Assim, em cumprimento de uma das cláusulas do contrato tornava-se urgente a entrega do prédio para que a Câmara a demolisse e, em seu lugar, ampliasse o já existente Jardim Público. Portanto, no dia 02/06/1905, o padre (depois Monsenhor) Joaquim Antônio de Siqueira celebrou a última missa logo às 8,00 horas perante imensa multidão, tendo, em seguida, sido entregue o prédio à Câmara, que iniciou ainda nesse dia a demolição, a cargo do empreiteiro José Durante, que durou 20 dias. No dia 20/06/1905, a Câmara Municipal pagou 1.200$000 (um conto e duzentos mil réis) ao empreiteiro e 50.000$000 (cinquenta contos de réis) à Comissão da Construção da Nova Matriz, representada pelo Dr. Alcebíades Uchoa, como indenização pelo terreno. Os atos religiosos, enquanto se construía a catedral, primeiramente, passaram a ser praticados na Igreja de São José (inaugurada em 1903), até o dia 04/09/1905, quando passaram a ser efetivados em um salão provisório à rua Álvares Cabral, entre as ruas São Sebastião e General Osório, até que a Catedral viesse a ser inaugurada em 15/06/1917.  

PARA MELHOR ENTENDER O TEXTO ACIMA VEJA OS LINKS:

Sobre a formação, Demarcação do Patrimônio Religioso e a polêmica em torno da fundação da cidade.

https://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=voceSabia&mes=6&dia=19

Sobre  a elevação da Capela em Curato, Paróquia e Freguezia

https://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=voceSabia&mes=11&dia=26

https://www.plataformaverri.com.br/?local=voceSabia&mes=7&dia=16

Sobre a elevação de Freguezia a Villa (Município), a autonomia, as divisas, a primeira eleição, instalação da Câmara e posse dos vereadores

https://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=voceSabia&mes=4&dia=12