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Você Sabia?
 
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VOCÊ SABIA...que, no dia 16 de julho de 1870, foi criada a PARÓQUIA DE SÃO SEBASTIÃO DO RIBEIRÃO PRETO? Para consolidar bem as informações sobre a evolução político-administrativa e religiosa do município, importante ressaltar que, como a maioria das comunidades do interior do Brasil, Ribeirão Preto nasceu sob o signo da fé cristã. Rememorando essa evolução, a partir do período Colonial, importante relembrar que o primeiro ato de um grupo de fiéis, que se estabelecia em determinado território, seria aquele de erigir um CRUZEIRO no entorno do qual eram realizados as orações, atos e festejos religiosos. Evoluía-se com a edificação de uma CAPELA epara que houvesse o seu reconhecimento administrativo oficial, era necessária autorização integrada dos poderes do Governo e da Igreja. Isso se dava em razão do Regime do Padroado, um tratado entre a Santa Sé e as Coroas de Portugal e do Brasil, onde o Estado assumia a Igreja Católica como religião oficial e se comprometia a favorecer a ação da Igreja no Brasil, inclusive dando aos padres condição de funcionários públicos regiamente remunerados. Por conseguinte, além de, nas dependências religiosas, serem registrados todos os atos da vida civil, como nascimento, casamento e morte, a evolução político administrativa ocorria paralelamente.  De sua parte, a Santa Sé reconhecia o regime português.  Depois, se nessa Capela houvesse regularmente celebrações por um padre, esse local, com o tempo, tornar-se-ia CAPELA CURADA (para efeitos civis e religiosos). Civis porque, até a proclamação da República, todos os atos da vida civil, como acentuado, eram ali registrados. Já com esse título, e com o aumento do povoamento, seus responsáveis e moradores poderiam solicitar duas providências, uma civil e outra religiosa. Junto à Assembleia Provincial, pediria a criação de uma FREGUEZIA, para efeitos civis. Junto à Diocese, reivindicaria a criação da PARÓQUIA, para efeitos religiosos. Para tanto, em um e outro caso, deveriam ser atendidos maiores requisitos, como população, renda, etc.  Ao depois, prosseguindo na evolução, para efeitos civis, ocorreria a autonomia com a elevação a VILLA que, à medida do crescimento, evoluiria para cidade ( parte urbana) e município ( no todo) e, no decorrer do tempo, para solução de alguns conflitos, viria a ser um TERMO DA COMARCA (Ribeirão foi termo da Comarca de São Simão) e, finalmente,  a COMARCA, para todos os serviços extrajudiciais e judiciais.  A propósito da evolução civil e religiosa de RIBEIRÃO PRETO, bem é de se lembrar que o primeiro CRUZEIRO foi erguido no Bairro das Palmeiras, embora tenha sido ali frustrada a tentativa de constituição de um Patrimônio em louvor a São Sebastião das Palmeiras. O mesmo não aconteceu com relação àqueles que povoaram o território entre o Ribeirão Preto e o Córrego Retiro Saudoso, pois a doação de terras para a constituição do patrimônio religioso em louvor a São Sebastião do Ribeirão Preto foi coroada de êxito na data de 19/06/1856, sendo considerada a da fundação do povoado (ou arraial). Assim, a primeira Capela (Ermida) foi construída próximo ao local da atual Praça XV de Novembro (entre as ruas Barão do Amazonas, Cerqueira César, General Osório e Duque de Caxias). a qual foi substituída pela “Matriz Velha” concluída, abençoada e elevada à “Capela Curada” em 26/11/1869. Evoluindo, aos 02/04/1870, pela Lei n. 51, a Assembleia Legislativa da Província de São Paulo elevou o povoado à categoria de “freguezia” (civil). Acompanhando essa providência civil, a Diocese de São Paulo providenciou a elevação da Capela Curada de São Sebastião do Ribeirão Preto à categoria de PARÓQUIA (nada mais do que a “freguezia” canônica), tendo sido a provisão firmada em 16/07/1870, pelo bispo de São Paulo, Dom Sebastião Pinto do Rego.  Na sequência, pela Lei Provincial n. 67, de 12 de abril de 1871, a freguezia civil foi elevada à categoria de "Villa" (Município/Cidade). Para atender à demanda de conflitos, pela Lei 63, de 12/05/1877, foi criada a Comarca de São Simão, com os termos de São Simão e Ribeirão Preto. A curiosidade é que, não obstante fosse a Comarca de São Simão, a instalação deu-se no TERMO DE RIBEIRÃO PRETO,  por força do Decreto 7.604, de 31/10/1878. E, por fim, através da Lei n. 80, de 25 de agosto de 1892, finalmente foi criada a COMARCA de Ribeirão Preto, que veio a ser instalada no dia 10/10/1892.  Importante ainda ressaltar, sob o aspecto religioso e etimológico, que, enquanto Capela Curada, o padre responsável por ela tinha a denominação de “Capelão de Curato”, passando a denominar “Vigário" ou "Pároco”, com a elevação para Paróquia. Foi o que aconteceu com o Padre Ângelo José Phillidory Torres, que chegou a Ribeirão Preto em 26.11.1868, passando a ser, à época, “Capelão Primeiro do Curato” do São Sebastião do Ribeirão Preto. Com a elevação da Capela Curada à Paróquia, a partir de 16 de julho de 1870 foi empossado nas funções de “Vigário” ou "Pároco"  da Paróquia de São Sebastião do Ribeirão Preto e assim permaneceu até 22 de abril de 1877 quando foi substituído pelo Padre Nunzio Grecco, o qual acabou sendo considerado o nosso primeiro historiador, visto que, ao assumir a função, não encontrou o Livro do Tombo, como era necessário a paróquia ter. Instituindo-o passou, a partir de sua posse,  a registrar os principais atos religiosos( com efeitos civis) e fatos mais relevantes da cidade. Desde então, centenas de párocos foram responsáveis pela primeira paróquia do município que, após a "Primeira Matriz", e com a criação da Diocese, passou a ter sede na Catedral Metropolitana de São Sebastião.

Como informação complementar, vale ressaltar que, com o passar do tempo outras paróquias foram sendo criadas na cidade. Seguem cada uma delas, com a cronologia da criação e endereço: 1.Santo Antônio, Pão dos Pobres (Reitoria) – 1903 (Avenida da Saudade, 222 - Campos Eliseos); 2. Nossa Senhora do Rosário-Paróquia Santuário – 1914 (Rua Martinico Prado, 599 - Vila Tibério); 3.  São Benedito (Templo Votivo) – 1920 (Rua Prudente de Morais, 667); 4. Santo Antônio de Pádua (Igreja Abacial) – 1947 (Rua Paraíba, 747 - Campos Elíseos); 5. Santuário Nossa Senhora da Medalha Milagrosa (Sete Capelas) – 1948 (Via São Bento S/N - Morro do São Bento); 6.Santa Maria Goretti – 1958 (Rua Júlio de Mesquita, 360 - Vila Virginia); 7.São Pedro Apóstolo – 1962 (Rua Bahia, 318 – Ipiranga); 8. São José – 1964 (Rua São José, 743 – Centro); 9. Nossa Senhora de Fátima – 1964 (Praça Antônio Lopes Veludo s/n – Sumaré); 10. Bom Jesus da Lapa – 1964 (Rua Vicente Golfeto, 405 - Campos Elíseos); 11. São Paulo Apóstolo – 1965 (Rua José da Silva, 603 - Jardim Paulista); 12. Nossa Senhora Aparecida (Santuário Arquidiocesano) – 1966 (Rua Guimarães Passos, 412 - Vila Seixas); 13. Santo Antônio Maria Claret e Santo Antônio de Sant´Ana Galvão – 1967 (Rua Tabatinga, 351 - Vila Recreio; 14. Cristo Operário e São Judas Tadeu – 1968 (Rua Papa João XXIII, 43 - Vila Abranches); 15. Santa Teresinha do Menino Jesus – 1975 (Rua José de Alencar, 1506 - Vila Tamandaré); 16. Santo Estevão Diácono – 1976 (Rua Japurá, 290 - Alto do Ipiranga); 17. Jesus de Belém – 1982 (Rua Domingos Sgorlon, 396 - Avelino Palma); 18. Santa Rita de Cássia – 1982 (Rua Primo de Furquim, 19 - Jardim Independência); 20. Cristo Rei – 1982 (Rua Arnaldo Victaliano, 1237 - Presidente Médici); 21. Jesus Crucificado – 1986 (Rua Pedro Marzola, 447 - Jardim Marchesi; 22.Nossa Senhora da Penha – 1983 (Rua Afonso Arinos, 1641 - Jardim Centenário); 23. São João Batista – 1983 (Avenida Portugal, 2120 - Santa Cruz do José Jacques); 24.Nossa Senhora de Nazaré – 1983 (Rua João Bim, 1600 - Jardim Paulistano); 25.Sagrado Coração de Jesus – 1983 (Rua Mathias Gonçalves, 400 – Jardim Presidente Dutra); 26.São Francisco de Assis – 1983 (Rua São Francisco de Assis, 230 - Castelo Branco Novo); 27.Santa Tereza D´Ávila – 1986 (Praça Rosas, s/n - Jardim Recreio); 28.Nossa Senhora de Lourdes – 1986 (Rua Major Ricardo Guimarães, 603 - Parque Ribeirão Preto); 29.Santa Luzia – 1986 (Rua Piratininga, 1100 - Vila Lobato); 30.Espírito Santo – 1988 (Rua Romeu Nacarato, 180 - Geraldo Correia de Carvalho); 31.Santa Teresinha Doutora – 2000 (Rua Mariana Cândida Rosa Cury, 770 – Ribeirânia); 32.Santa Rita de Cássia das Palmeiras – 2000 (Rua José Rodrigues Mota, 2045 - Jardim Florestan Fernandes); 33.Sagrada Família – 2000 (Rua Abílio Sampaio, 966 - Vila Virgínia); 34.Nossa Senhora das Graças – 2000 (Rua Domingos Isaac, 150 - Parque dos Servidores); 35.São Miguel Arcanjo – 2000 (Rua Anselmo Marques Rodrigues, 18 - Jd. Manoel Penna); 36.São Benedito – 2000 (Rua Cel. Américo Batista, 3448); 37.São Judas Tadeu – 2002 (Avenida Marginal Luiz Galvão César, 1355 - Parque das Andorinhas); 38.Cristo Ressuscitado – 2002 (Avenida José Gomes da Silva, 1323 – Lagoinha); 39.Nossa Senhora dos Canaviais – 2003 (Rua Izidoro Faccio, 436 - Adelino Simioni); 40.Santa Ângela de Mérici – 2004 (Rua do Professor, 890 - Jardim Irajá); 41.São João Bosco -2004 (Rua Domingos Padovan, 991 - Jardim Anhanguera); 42.Maria Mãe do Povo e São Lázaro – 2005 (Avenida Recife, 515 - Jardim Aeroporto); 43.Nossa Senhora dos Anjos e Santa Edwiges – 2005 (Rua Fernando Pedro Bom, 160 - Jardim Heitor Rigon); 44.Nossa Senhora do Jubileu: Mãe da Divina Graça – 2005(Rua A 7, n. 146 - Jardim Progresso); 45.Jesus Misericordioso e Santa Edwiges – 2006 ( Rua José Jaime Delibo, 181 - Jardim Nova Aliança); 46. São Camilo de Léllis – 2010 (Rua Cruz e Souza, 985 - Jardim Piratininga); 47. Santa Rita de Cássia  - 2011 (Rua Agenor e Inês Tomazelli Salvador, 1525 - Portal do Alto); 48.Sant'Ana e São Joaquim – 2015 (Avenida Luiz Eduardo de Toledo Prado, 870 - Sala 816); 49. São Mateus Apóstolo  - 2016(Rua Campinas, 3250 - Quintino Facci I) 50.Nossa Senhora Desatadora de Nos - 2019 - Av. Maximiliano Maggioni, Jardim Cristo Redentor.

VEJA A LEI PROVINCIAL DE ELEVAÇÃO DE CAPELA A FREGUEZIA

https://www.al.sp.gov.br/repositorioAH/Acervo/Alesp/Imperio/Falp_625/RE69_036.pdf

https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1870/lei-51-02.04.1870.html

VEJA A LEI PROVINCIAL DE ELEVAÇÃO DE FREGUESIA A VILLA

https://www.al.sp.gov.br/repositorioAH/Acervo/Alesp/Imperio/Falp_572/PR71_052.pdf

https://www.al.sp.gov.br/repositorio/legislacao/lei/1871/lei-67-12.04.1871.html