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VOCÊ SABIA... que no dia 1° de agosto de 1875, nasceu, em São Paulo,  ANTÔNIO DIEDERICHSEN?  Filho de Ana Rocha Leão e Bernhard Diederichsen (1830-1908), teve como irmãos:  Anna (casou-se com Emilio Wysling); Berta (c/c  Stanislas Pachur); Maria Luiza (c/c  Eduardo Rietz; Ernestina, gêmea com Ernesto, e Ernesto Diederichsen (1877-1949). A família Diederichsen seria originária de KIEL, na Alemanha. O sufixo “sen” é característica dos nomes dinamarqueses, aparentemente a cidade de Kiel, muito próxima à fronteira da Dinamarca, sofreu influências do país vizinho. Antônio iniciou os seus estudos básicos no Colégio brasileiro-alemão. Dos 9 aos 18 viveu com um tio em Hamburgo, na Alemanha, aprendendo o alemão, inglês e francês. Retornando ao Brasil, ficou na fazenda “Morumbi”, do seu avô Antônio da Rocha Leão, onde trabalhou com o pai, fabricante de vinho e chá, mas após uma praga nos vinhedos retornou à Alemanha para cursar Agronomia. Trabalhou em propriedades rurais em Holstein e em Netelau. Enquanto praticava no campo, fazia estudos teóricos, por correspondência, na Escola Agrícola de Schenwalde, prestando exames anuais. Ao chegar da Alemanha, trazendo o diploma e algumas economias dos salários ganhos em Netelau, veio para a fazenda “Santa Adelaide”, neste município, de propriedade de seu parente Arthur Emílio de Aguiar Diederichsen, onde passou a ser ajudante do administrador Salvador Carlos de Almeida. Da “Santa Adelaide”, Antônio foi para a fazenda “Retiro do Desengano”, em Batatais, também de Arthur e de seu sócio Dr. Alfredo Jordão. Retornando a S.Paulo, ficou sabendo que o Banco Brasileiro-Alemão estava necessitando de uma pessoa capaz de levantar um inventário das fazendas que estavam em débito para com o banco. Iniciou o trabalho na região da Sorocabana, completando-o em 30 dias. Sabendo da falência do Banco Construtor e Auxiliar de Santos, que havia montado em Ribeirão Preto uma oficina mecânica, uma fundição e uma serraria, para atender às lavouras e às máquinas de beneficiar café, Antônio Diederichsen aguardou o leilão da massa falida, que seria no Fórum de Santos. Como não entendia nada do ramo, propôs sociedade a João Hibbeln, que tinha arrendado a serraria da organização falida e fora nomeado depositário. Com o nome de Antigo Banco Construtor – ABC, a empresa foi constituída e começou na esquina das ruas José Bonifácio com São Sebastião, com a razão social de "Diederichsen & Hibbeln", explorando os ramos de serraria e fundição, tendo anexa uma secção de mecânica. Com o intenso trabalho dos sócios e o desenvolvimento da economia os negócios se ampliaram e, em 1912, a parte pesada da serraria foi transferida para a Vila Tibério, permanecendo, no antigo local, apenas o maquinário de desdobro e aparelhamento. Com o pessimismo da primeira guerra mundial, em 1916, houve a dissolução da sociedade com Hibbeln, que recebeu a sua parte, parte em dinheiro e o restante em títulos no prazo de 6 anos. Nessa ocasião, Diederichsen chamou os seus auxiliares mais diretos: Manoel Penna, Camilo Luttenschlager, José Gonçalves Barbosa, Germano Rainel da Silva e Guido Gambini , pedindo-lhes que cooperasse, dando-lhes parte na sociedade. Em um ano foi paga a parte de Hibbeln. Foram feitas ampliações em 1920 e em 1923. Ainda como desenvolvimento de suas atividades mercantis, Diederichsen, em 1922, passou a representar a empresa Byington & Cia., concessionária Chevrolet. Em 1924, foi aumentado o número de interessados, sendo convocados para o gozo dessa regalia os antigos auxiliares João Marzola, Adauto de Almeida, Paulo João Ferrero e Henrique Pierotti, sendo que o quadro foi aumentando até atingir o número de 22. Em 10/02/1930, Antônio Diederichsen solicitou junto à Fábrica da Matriz o aforamento de quase toda quadra compreendida pelas ruas Saldanha Marinho, José Bonifácio, Américo Brasiliense e São Sebastião, tendo sido registrado no livro n. 4, 297. Em 1932, a empresa foi nomeada inspetora da Sul América de Capitalização, ficando com uma das maiores carteiras de títulos da “Sulacap” do interior do Brasil. De fundição, serraria e ferragens, a empresa foi desenvolvendo novos produtos. Em 1934, a empresa Diederichsen & Cia. passou a vender os veículos da Ford , com  posto de serviço e a oficina mecânica de automóveis. Ao depois, foram introduzidas as vendas de louças, artigos para presentes e para o lar, materiais e aparelhos elétricos, de uso doméstico. Em retribuição ao muito que recebeu da cidade, o fundador fez construir, a partir de 1934, no centro o edifício “Diederichsen”, obra de Antônio Terreri e Paschoal De Vincenzo,  inaugurado em 1936, compreendendo o trecho da rua Alvares Cabral, com 150 metros de fachada e 3.750 m2 de área construída, entre a rua Gal. Osório e a São Sebastião, com locais para escritórios, apartamento, hotel, restaurante, lojas, choperia ( Pinguim) e cafeteria. Parte da construção ocupou a antiga residência do chefe político do PRP, Cel. Quinzinho da Cunha Junqueira. Além de lojas e escritórios, ali foi instalado o "Grande Hotel Diederchsen". Em seu testamento, Diederichsen legou todo o edifício para a Santa Casa de Misericórdia. Em 1939, em reconhecimento ao trabalho de Manoel Penna, ajudando-o na consolidação da empresa, Diederichsen lhe deu sociedade direta, constituindo-se, então, a firma Antonio Diederichsen & Cia. Tendo a transformação trazido novo impulso às atividades comerciais, houve a necessidade de maior espaço e, assim, foi construído o edifício “ABC”, inaugurado em 21 de setembro de 1941. Ainda em agradecimento à cidade, e considerando a necessidade de um hotel, a empresa deliberou construir o edifício “Hotel Umuarama”, inaugurado em 20 de janeiro de 1951, o qual, por muitos anos esteve arrendado para João Constantino Miloná.  Já no ínicio da década de 1950, agravou a diabetes de Diederichsen, que acabou falecendo no dia 30 de setembro de 1955. “Seu Tonico”, como era conhecido, foi um dos fundadores da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto e grande benemérito, dando suporte a entidades filantrópicas, como a Santa Casa e, principalmente, o “Abrigo Ana Diederichsen”, para idosos, no bairro Campos Elíseos, sendo, por todas essas razões,  homenageado pelo estado de São Paulo com o nome de uma escola, no bairro Campos Elíseos, e pela Municipalidade, com o nome de uma avenida. Tendo adquirido as partes dos demais sócios, Manoel Penna deu continuidade à empresa. Em 1956, defronte ao prédio ABC, foi construído um edifício para estacionamento de 3 andares, sendo a parte de baixo ocupada por um posto de gasolina. Ainda para dar sequência aos negócios, agora com os herdeiros de Manoel Penna, em 19 de setembro de 1965, nasceu o Grupo Santa Emília, hoje revendedor de marcas de automóveis.

VEJA a sinopse do livro “ABC - Cia. Comércio Indústria Antonio Diederichsen - 1903-1953”

 VEJA VÍDEO SOBRE O  EDIFÍCIO DIEDERICHSEN, NO LINk:

https://www.youtube.com/watch?v=z363