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Taquaritinga

Sumário / Índice
Matriz de São Sebastião
de PERIA, Milve Antônio
Ano: 2007
Nº de Páginas: 107 pp.
Editora: Luz da Aldeia
A Igreja Matriz da Paróquia de Taquaritinga, consagrada a São Sebastião, causa impacto a quem a visita. Certamente o objetivo de seus idealizadores e construtores foi seguir a diretriz da própria Igreja Católica, nas construções dos templos, que era aquela de provocar impacto, deslumbramento e, mais, transmitir uma ideia de pompa e glória para lembrar o seu Poder e a beleza que poderiam encontrar no Reino dos Céus. Em assim sendo, a sua arquitetura é em forma de Cruz Latina, sendo a nave central interrompida, transversalmente, pelo transepto e o estilo é gótico. A estrutura do prédio está assentada sobre oito colunas de cada lado, sendo que cinco delas sustentam a nave central. Em cada coluna, a uma altura de aproximadamente 8 metros do piso, estão colocadas estátua de santos. Na parte posterior da nave, ao fundo, num nicho situado a uma altura de uns 10 metros de altura, encontra-se a imagem do padroeiro São Sebastião. O frontispício apresenta uma escultura, obra de Ricardo de Lucca, representando três pescadores recolhendo uma rede, simbolizando o encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida nas águas do rio Paraíba. Acima, a imagem da Santa. Ainda na fachada, estão esculpidos dois brasões: o do lado direito, aquele do então bispo de São Carlos, Dom Rui Serra; o da esquerda, o brasão do município de Jaboticabal, sede da atual Diocese. A porta principal é toda entalhada com motivos sacros. Ainda no interior do templo, ressaltam os olhos as pinturas nas paredes laterais e os vitrais. A galeria de pinturas é composta de 08 quadros, contando a história da vida de São Sebastião e, mais outros 02, retratando o Sagrado Coração de Jesus e Nossa Senhora. Além dos quadros, existem as esculturas da Via Sacra, fazendo uma imitação de mármore. O esboço e a pintura dos quadros sobre a vida de São Sebastião foram de autoria do casal de húngaros, Americo Makk e Eva Holusa Makk. Muito interessante na obra a parte dedicada pelo autor a satisfazer a curiosidade dos leitores sobre quem eram esses artistas, como chegaram a Taquaritinga, a amizade que travaram com o casal Emília e José Fucci, o modelo dos esboços, a técnica da qual se utilizaram, as tintas usadas, bem como outros trabalhos realizados por esses artistas. O autor, ao final, do livro, descreve cada um dos quadros sobre a vida e morte de São Sebastião. Sobre os vitrais, há um vitral principal, acima do nicho onde se encontra a imagem de São Sebastião, e outros 07 (sete), nas laterais do templo. Estes sete vitrais representam "Os Sacramentos". Os vitrais foram confeccionados pela tradicional empresa "Vitrais Conrado Sorgenicht AS”, de São Paulo. Sobre a construção da Igreja Matriz, propriamente dita, informa o livro que a primeira comissão de obras foi constituída em 24 de outubro de 1923, presidida pelo então vigário Padre Antão Jorge e constituída por destacadas personalidades locais, sobretudo fazendeiros de café, que tinham presença na vida político-administrativa local. O terreno, constituído por 08 datas, foi adquirido, em novembro de 1923, de Paschoal Monteiro e sua mulher Carolina Pagliuso Monteiro, situado no quadrilátero formado pelas ruas General Osório, General Francisco Glicério, da República e Lacerda Franco. A pedra fundamental foi lançada no dia 16 de julho de 1925. Em 15 de janeiro de 1928, foi dado início efetivo às obras. Em 1945, o templo foi inaugurado, apenas na estrutura, sem que houvesse qualquer adorno artístico ou equipamentos, tendo, neste mesmo ano, substituído a Igreja Velha como sede da paróquia. Desde o início até o seu final, diversos párocos foram responsáveis pela continuidade das obras. Houve uma época de paralização nas obras, tendo elas se reiniciado, com vigor, por volta de 1940, a partir do vicariato do padre Clemente Baltus. A decoração artística foi assumida pelo vigário Padre Lourenço Cavalini, a partir de sua posse em 9 de dezembro de 1951, quando foram instalados o relógio, os bancos, realizadas as pinturas e adquiridas as alfaias.
AUTOR: MILVE ANTÔNIO PERIA, na vida profissional foi funcionário do Banco do Brasil, agora aposentado. Atuou durante vários anos como professor universitário, na área de Comércio Exterior, na Fundação Getúlio Vargas, Universidade São Judas Tadeu e Faculdades Tibiriçá, todas em São Paulo. Tem dois livros publicados por Edições Aduaneiras, na área de Câmbio e Comércio Exterior. Tem se dedicado a pesquisas, envolvendo a história de Taquaritinga. Além do presente livro, escreveu “Taquaritinga – História e Memória”, o mais completo sobre a história da cidade. Faleceu em 28 de agosto de 2020.
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