O trabalho é a tese apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia, da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp-Araraquara, para obtenção do título de Doutor em Sociologia. Nele, o autor analisa a revolta de restauração monarquista de 1902, ocorrida no Estado de São Paulo. Partiu da hipótese de que essa revolta estaria relacionada com a crise econômico-financeira criada durante o governo de Campos Salles. A moratória (Funding-Loan) aplicada pelo governo federal havia colocado o sistema agroexportador cafeeiro do Estado de São Paulo em uma situação insustentável. Essa crise econômica refletiu-se sobre a política, originando a dissidência do governista Partido Republicano Paulista. Aproveitando-se dessa situação, alguns professores da Faculdade de Direito de São Paulo, que eram monarquistas restauradores, passaram a conspirar pelo interior paulista, vindo a encontrar campo fértil em alguns fazendeiros de café que eram dissidentes do PRP, além de outros fazendeiros que eram monarquistas por tradição. Os fatos de maior relevância dessa revolta, aconteceram na região de Araraquara, principalmente Ribeirãozinho, atualmente, Taquaritinga, tendo por líderes membros da tradicional família Corrêa e Carlos Batista de Magalhães, de Araraquara. As principais lideranças da revolta em Ribeirãozinho eram fazendeiros e parentes de Carlos Batista Magalhães. A revolta também repercutiu na região de Espírito Santo do Pinhal.
O autor Osmar Ossis Gobatto nasceu em Araraquara, aos 5/8/1938. É graduado em Ciências Sociais, pela Unesp-Araraquara. è graduado em Geografia, pela Barão de Mauá, de Ribeirão Preto-SP . Ainda é graduado em Pedagogia . É especialista em Economia Brasileira( Capes/UNB). Possui, ainda, mestrado e doutorado em Sociologia ( Unesp-Araraquara). É chefe do Departamento da Faculdade de Serviço Social de Araraquara e membro do Conselho de Jurados do Tribunal do Júri da Comarca do mesmo município