Trata-se de Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de História, Direito e Serviço Social da Unesp-Franca, para obtenção do Título de Licenciatura e Bacharelado em História. O autor limita o período de estudo, abrangendo os anos de 1.917 a 1.920. O trabalho livre e os processo de urbanização e industrialização provocam a união. Em S.Carlos isso teve início com as sociedades mutualistas, que contribuíram para o surgimento do movimento operário, mas não deram origem ao sindicalismo. Já em 1.896, os imigrantes espanhóis fundaram, na cidade, a "Sociedade Española Litteraria e Beneficente", cujos fins eram "propagar e desenvolver os laços de união entre seus irmãos de nacionalidade e fomentar entre elles a instrucção" Ainda importantes seriam as duas associações dos italianos de S.Carlos. Em 1.900 é fundada a "Meridionali Uniti Vttorio Emmanuelle III", que tinha por finalidade "unir as classes operárias, promovendo-lhes o sentimento de dever e o desenvolvimento das virtudes cívicas, instruir, educar e socorrer os associados". Em 1902, funda-se a "Dante Alighieri", que se propunha "à únião, instrução, educação moral e beneficências dos italianos que a compõem, conservando-se alheia às questões políticas". Com relação à outros tipos de sociedades existente na cidade, os empregados da Ciam Paulista de Estradas de Ferro fundaram, em 1904, a "Sociedae Protetora das Fam´´ilias dos Empregados da Companhia Paulista" e a "Cooperativa dos Empregados da Estrada de Ferro" Reflexo da greve provocada por anarquistas em São Paulo, em 12 de julho de 1.917, os empregados da Fiação e Tecidos São Carlos declaram-se em greve. Mas, no terceiro dias, os empregados voltaram ao trabalho, sem nenhuma referência ao atendimento de suas reivindicações. No dia 01 de agosto, os condutores dos bondes de SãoCarlos se declaram em greve, reivindicando aumento salarial de 25%. A empresa chamou a Polícia e substituiu os grevistas, acabando com o movimento reivindicatório. Em 1.919, houve boatos de greve na Cia. Paulista e como resultado a empresa concedeu 25 % de aumento. Em 20 de fevereiro desse ano, houve mobilização operária da indústria têxtil contra o propósito dos patrões de diminuir a jornada de trabalho e os salários. Na conclusão, o autor faz uma análise da fraqueza dos movimento operário em S.Carlos,apontando: 1. um contingente operário de número reduzido; 2. o momento do desenvolvimento industrial na cidade; 3. a falta de reconhecimento de uma questão social ligada aos trabalhadors; a repressão sistemária às mobilizações e a pouca penetração do anarco-sindicalismo no interior.
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