Segundo o autor, em sua apresentação, ao se encontrar com o conterrâneo Paulo Penalva Mancini, certa feita, ficara sabendo que um burocrata pretendia transformar a parte alta e nobre o Jardim Público em estacionamento e que providências protetivas estariam sendo tomadas, em nível federal, já com cobertura fotográfica, mas que faltariam justificativas históricas.De bom grado, o autor prontificou-se a elaborá-las e, assim, surgiu o presente livro. É um apanhado histórico dos primórdios do município, dos primeiros povoadores, as doações de terras para o patrimônio e para o traçado da cidade, focalizando o estabelecimento do Jardim Público. Como acentuado por Eduardo Kebbe, no prefácio,"por ângulos até inéditos e ricos de detalheds, o leitor é convidado a rever o primeiro jardineiro Thomaso Seppe, o coreto com as bandas de música que se rivalizavam, o pátio da Matriz, que já existia antes da cidade, a visita da rainha da Bélgica, a inovidável figueira das andorinhas, os casarões que circundavam o pátio da igreja, o "footing"", as grandes festas públicas, as renhidas disputas eleitorais, o dinamismo do Conde de Pinhal, a tenacidade dos vultos da época, as primeiras casas de comércio com os últimos lançamentos de Paris, a atividade da colônia italiana no assomar do século e outros eventos marcantes, fartamente documentados depois de exaustiva pesquisa"
Destacam-se, ademais, as ilustrações "a bico de pena" do desenhista Júlio Bruno.
Autor do texto: Ary Pinto das Neves nasceu em São Paulo, em 1919, tendo se radicado em São Carlos nos anos 1940. Foi diretor do Colégio Diocesano. Ingressou no magistério oficial na década de 1.950. Foi diretor do Colégio "Militão de Lima" e do Departamento de Educação e Cultura da Prefeitura Municipal de São Carlos. Destacou-se como pesquisador da história de São Carlos. Faleceu em 2.004.