Em sua obra "Palestras sobre Estética" (escrita entre 1818 e 1829, o filósofo alemão Hegel classificou as artes: 1a.- arquitetura; 2a. - escultura ; 3a. pintura;
4a. dança; 5a. música e 6a.poesia Em 1912, o intelectual italiano Ricciotto Canudo propôs no seu "Manifesto das Sete Artes e Estética da Sétima Arte" que o cinema fosse considerado como a sétima arte, aumentando a lista precedente de Hegel. São Carlos ingressõu na era do cinema em 10 de outubro de 1.897 - no Teatro São Carlos com a exibição do "Cinematográfico Lumière pela Cia. Francesa de Varidades, de Faure Nicolay ( 1.830-1902). Além do Teatro São Carlos, foram espaços reservados à sétima arte, o Polytheama, Teatro Colombro, Teatro São José, Cine São Paulo, Cine Rádio, Cine Paratodos, Cine teatro do Sesi, Cine Jóia, Cine IPL, São da Igreja São Sebastião, Cine Teatro Avenida, Cine Progresso, Studios I e II. O autor, para registrar as memórias desses espaços de entretenimento, cultura e, sobretudo, de socialização, valeu-se de depoimentos de pessoas que vivenciaram "os bons tempos" desse locais. Assim é que foram intrevistados Francisco Rossi ( 89 anos), Carmem Vaz ( 94 anos), José "Zé Pintor" de Oliveira ( 81 anos), Nicola Gonçalves(82 anos), Diógenes Garcia Gonçalves, que trabalhou em empresa distribuidora de filmes, filho de Luiz Veronesi que foi funcionário do Cine Avenida, Pedro Luis Casella, que trabalhou em Distribuidora de Filmes e sobrinho de ítalo Casella, projetista no Teatro São Carlos e gerente do Cine Progresso; José Augusto, que organizava projeção de cinema em Santa Eudóxia, distrito de São Carlos; A propósito, segundo artigo inserto na edição de 16 de abril de 1911, do "Correio de São Carlos", reproduzido no livro, em Santa Eudóxia, eram exibidos filmes no "Teatro Iris"( antes Teatro Bijou) que, ao depois, passou a denominar-se "Cinema Rio Branco"; Rui Pietronero, por sua vez, foi entrevistado sobre a sala de cinema que havia na sede do clube do Pereira Lopes ( IPL); a Profa. Maria Christina Girão Pirolla lembrou-se do tempo da existência dos Cine São Carlos, São Paulo, São José, Cine Avenida e o Jóia, na Vila Prado. Em crônica, Maria Christina lembra de Accacio Bentim, que foi gerente do Cine São Carlos. Sobre o Cine Clube do CAASO, foram colhidos os depoimentos de Odílio Assis e Eduardo "Barba" Polla. Igualmente colheu-se o depoimento de Ernesto Abbt, filho de Humberto Abbt, proprietário de uma das maiores empresas distribuidoras de filmes do Estado de São Paulo, a Star - Distribuidora de Filmes. Por fim, concluíndo a obra, o autor transcreve crônicas com temas de cinema, escristas por Eduardo Kebbe.
O autor Marco Antonio Leite Brandão é formado em História pela EESC-USP. Trabalha na Fundação Pró-Memória de São Carlos. Foi professor de História no Curso e Colégio CAASO. Além da presente obra, organizou vários trabalhos publicados como “O Bonde em São Carlos: Crônicas e Poemas”. Edufscar – Coleção Nossa História. 2005. “Postais do Tempo”. Crônicas de Eduardo Kebbe. Edufscar e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2007. “Páginas Euclidianas”, FPMSC, 2008; “São Carlos do Pinhal nos Tempos da Casa Grande & Senzala”, ed autor, 2008, Gráfica Guillen & Andrioli; Tocando o Bonde em São Carlos ( 2009), O Bonde no Balão do Bonde( 2009), Um Sol Nascente em São Carlos e Outros Poemas ( 2009), Um Sol Nascente em São Carlos 2 ( 2009), Um Sol Nascente em São Carlos 3 ( 2010) São Carlos No Escurinho do Cinema 2, ecos do Sol Nascente ( 2010), Almanaque de São Carlos ( 2011); Zuza, O Cigano do Futebol ( 2011), São Carlos -SP e os Cinemas de Outrora, e Almanaque de São Carlos II ( 2012)