O livro é o primeiro de uma série composta por 5 títulos sobre a memória e história do cinema em São Carlos.Na estrutura de seu trabalho, o autor, além de suas próprias pesquisas, reúne notícias colhidas nos jornais de todos os tempos e em textos de consagrados cronistas da cidade. A invenção e patente do cinematógrafo pelos irmãos Lumière fez do ano de 1895 universalmente reconhecido como marco zero do Cinema.A relação entre a comunidade são-carlense e o cinema remonta a 1897, apenas dois anos depois de sua invenção, sendo, portanto, centenária. Reporta-se o livro à notícia estampada, em 10 de outubro, no jornal “A Opinião”, dando conta da apresentação do “Cinematógrafo Lumière” pela “Companhia Francesa de Variedades”, trupe artística comandada por Faure Nicolay. Em 1997, os cinéfilos de São Carlos celebraram o centenário da apresentação de Faure Nicolay instalando na Praça Cel. Salles, local da pioneira apresentação – “Teatro Ypiranga” (“Theatro São Carlos” a partir de 1902, “Cine São Carlos” após 1953), uma placa alusiva ao evento.Com base nesse fato histórico de 1897, o autor traça um quadro da época, de São Carlos,apresenta o que se escreveu sobre a apresentação cinematografica nos jornais "Diário de São Carlos", "O Popular" " A Opinião" e "Cidade de São Carlos". Na seqüência, discorre sobre as atividades da Empresa Teatral Paulista, bem como faz citação dos teatros e cinemas que existiram na cidade nesse período centenário. Nesse sentido, interessantes são as crônicas de Enéas Camargo e Eduardo Kebbe e a dissertação acadêmica de José Sidney Leandro. Destaque na obra mereceram, outrossim, os são-carlenses que contribuíram para a história do cinema brasileiro, como Genésio Arrusda, Wanda Marchetti, Oswaldo Censoni, Ronald Golias e Luiz Pellegrini.
O autor Marco Antonio Leite Brandão é formado em História pela EESC-USP. Trabalha na Fundação Pró-Memória de São Carlos. Foi professor de História no Curso e Colégio CAASO. Além da presente obra, organizou vários trabalhos publicados como “O Bonde em São Carlos: Crônicas e Poemas”. Edufscar – Coleção Nossa História. 2005. “Postais do Tempo”. Crônicas de Eduardo Kebbe. Edufscar e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo. 2007. “Páginas Euclidianas”, FPMSC, 2008; “São Carlos do Pinhal nos Tempos da Casa Grande & Senzala”, ed autor, 2008, Gráfica Guillen & Andrioli; Tocando o Bonde em São Carlos ( 2009), O Bonde no Balão do Bonde( 2009), Um Sol Nascente em São Carlos e Outros Poemas ( 2009), Um Sol Nascente em São Carlos 2 ( 2009), Um Sol Nascente em São Carlos 3 ( 2010) São Carlos No Escurinho do Cinema 2, ecos do Sol Nascente ( 2010), Almanaque de São Carlos ( 2011); Zuza, O Cigano do Futebol ( 2011), São Carlos -SP e os Cinemas de Outrora, e Almanaque de São Carlos II ( 2012)