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São Carlos

Sumário / Índice
Schola Mater: A Antiga Escola Normal de São Carlos
de NOSELLA, Paolo e BUFFA, Éster
Ano: 2002
Nº de Páginas: 120 pp.
Editora: EdUFSCar/Fapesp
Este livro é o primeiro de uma trilogia que se iniciou com este estudo da antiga Escola Normal de São Carlos, prosseguiu com a história da Escola Profissional e se completou com o trabalho sobre a Escola de Engenharia, hoje integrada à USP. Essas pesquisas objetivaram não apenas resgatar a história dessas importantes escolas de São Carlos, mas, e principalmente, fazer uma análise do que representou essas escolas na evolução pedagógica da educação na cidade e na contribuição para o trabalho. Como pano de fundo, a observação da heterogeneidade do sistema escolar brasileiro, que é dual, refletindo as diferenças sociais entre os trabalhadores intelectuais e os trabalhadores manuais, entre as artes liberais e as artes mecânicas, entre a teoria e a prática, entre os engenheiros que planejam e os técnicos que executam, A propósito deste trabalho sobre a Escola Normal, embora não tenham sido deixados de lado aspectos positivos de sua história, o grande preparo cultural de seus mestres, as suas bem dotadas instalações, a sua importância para São Carlos, e sua diferenciada arquitetura, o foco, o objetivo principal foi a análise do modelo pedagógico, que vinculava cultura e escola aos valores do humanismo clássico tradicional,que dava maior importância ao "ser" do que ao "fazer" e que prevalesceu até os anos 30, enquanto havia uma economia agrária, conservadora e elitista. Após 30, sobretudo pelas exigências ocasionadas pelo fortalecimento da indústria, que relaciona ciência, tecnologia e produção com o trabalho, este entra em cena, agora, não apenas na fórmula assistencialista das Escolas de Aprendizes e Artífices ( 1909), para meninos pobres, mas, sim, significando uma nova hegemonia cultural e educacional que viria se acentuar com as Escolas Técnicas. No contexto expostos pelos autores, a Escola Normal fazia par com o curso de Direito, utilizados pelas elites para o acesso à administração e permanência na hegemonia conservadora. Em decorrência dos novos tempos e da industrialização, outros cursos foram criados, sendo o acesso a eles concorrido, e de forma republicana, como foi o caso da Química, Eletrotécnica, Agrimensura, Construção Naval, Minas e Metalurgia, etc. Dada a diversificação, e a consideração do trabalho como princípio pedagógico, a Escola Normal tradicional deixa de ser, mesmo para as moças bem-nascidas, a única opção. Como acentuado, o novo clima social fazia com que as jovens, cada vez menos se contentavam em ser meramente esposas e mães, procurando exercer uma profissão.Além de professora, que foi o típico trabalho desenvolvido pela mulher por longo tempo, outras profissões foram abraçadas, contribuíndo, com o trabalho, para o desenvolvimento da economia urbano-industrial.
O autor Paolo Nosella nasceu na Itália (1942), onde se licenciou em Filosofia. Em 1967, veio ao Brasil, para trabalhar em educação popular, no Estado do Espírito Santo, criando as primeiras Escolas da Família Agrícola (EFAs) da Pedagogia da Alternância. Revalidou o curso de Filosofia na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS), colando grau no ano de 1971. No ano seguinte, na mesma Instituição, colou grau de Bacharel em Teologia. Fez Mestrado e Doutorado em Filosofia da Educação na PUC/SP, respectivamente, nos anos de 1977 e 1981. Professor Titular em Filosofia da Educação na Universidade Federal de São Carlos/SP, onde trabalhou desde 1979 nos cursos de Pedagogia, Mestrado e Doutorado em Fundamentos da Educação. Nesta, foi Diretor do Centro de Educação e Ciências Humanas (1980-1984), Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Educação (1999-2000), Chefe do Departamento de Educação (2002-2005). Em Janeiro de 2007, se aposentou. Hoje integra o corpo docente do Programa de Mestrado e Doutorado em Educação da Universidade Nove de Julho de São Paulo (UNINOVE). Orienta Dissertações e Teses em Educação, em três linhas de pesquisa: Trabalho e Educação; Instituições Escolares; História e Teoria do Trabalho Docente e do Educador Social. Publicou artigos e ensaios sobre problemas da educação brasileira, em revistas especializadas. É autor de capítulo dos seguintes livros: Trabalho e Conhecimento; Educação e Cidadania; Trabalho, Educação e Prática Social; Educação como Ato Político Partidário; A Reinvenção do Futuro; Educação e Crise do Trabalho; Os Intelectuais na História da Infância. É co-autor dos livros: A Educação Negada: introdução ao estudo da educação brasileira contemporânea; Schola Mater: a antiga Escola Normal de São Carlos; A Escola Profissional de São Carlos; A Escola de Engenharia de São Carlos/USP; O Parque de Alta Tecnologia de São Carlos: a difícil integração universidade-empresa; Os professores não erram: ensaios de história e teoria sobre a Profissão de Mestre. É autor dos livros: Por que Mataram Santo Dias?; A Escola de Gramsci; O Centro Universitário de Jaraguá do Sul: uma história de ousadia e determinação; Qual Compromisso Político? ensaios sobre educação brasileira pós-ditadura. Estuda particularmente a produção teórica de Antonio Gramsci. Desde 1985, vêm realizando pesquisas, com o apoio do CNPq. Atualmente, desenvolve um projeto sobre Ensino Médio: formação ou profissionalização.
A autora Ester Buffa possui graduação em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1966), mestrado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (1975) e doutorado em Ciências da Educação - Université Paris-Descartes (1979). É professora titular aposentada da UFSCar,SP. Atualmente é professor do PPGE - mestrado e doutorado - da Universidade Nove de Julho, SP. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em História da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: história da educação, educação brasileira, história de instituições escolares, arquitetura, urbanismo e educação. É assessora ad hoc do CNPq, CAPES, INEP, FAPESP. É membro co conselho editorial de vários periódicos. Publicou vários livros e artigos. Recentemente, publicou seu primeiro livro de poesia. É bolsista produtividade do CNPq desde 1991.

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