O autor foi colaborador, por muitos anos, dos jornais "Correio de São Carlos"", "A Cidade" e "A Tarde", tornando-se, por volta de 1.958, co-proprietário e diretor do jornal "A Cidade". Com tal experiência, preocupado com a preservação da memória da cidade, e valendo-se dos arquivos dessas publicações assim como dos almanaques e artigos de autoria do jornalista Pedro Fernandes Alonso,não podendo ser olvidada a colaboração do Prof. Álvaro Rizzoli, elaborou este inventário com cerca de 148 ( cento e quarenta e oito ) publicações que atenderam ao público leitor no período de 1.876 a 1.995. Em sua cuidadosa pesquisa, o autor, dentro do possível, procurou definir a linha de cada publicação, seus perfis ideológicos, suas ligações com o poder dominante e com partidos políticos. Destacou as famílias ligadas à imprensa, como a de Joaquim Augusto Ribeiro de Souza, Fiorentini e Inocentini. Em seu texto, e provavelmente por razões afetiva, alongou-se um pouco mais ao falar do jornal "O Correio de São Carlos". Ressaltou, ademais, alguns assuntos importantes para a cidade tratados pela imprensa no decorrer desse período, como segurança, falta de moradia, iluminação publica, visita de D. Pedro II, etc. e a polêmica sobre o fundador da cidade, Jesuíno Arruda ou o Conde de Pinhal.
O autor: Octávo Carlos Damiano, filho do escritor e poeta Orlando Damiano e de Laura de Campos Damiano, nasceu em São Carlos, no dia 25 de abril de 1.925. Jornalista e Historiador, foi um profundo conhecedor de São Carlos, suas histórias, seus costumes e folclore. A partir de 1.941, começou a colaborar na imprensa de São Carlos com crônicas sobre a história da cidade, gênero que nunca abandonou. Além desta publicação, o autor escreveu "As Favas do Senhor Major" ( 1955), "Caminhos do Tempo:nomenclatura das ruas e praças de São Carlos"( 1990), "Notícia Histórica Sobre os Bondes de São Carlos"(1.954) e "Italianos em São Carlos". Faleceu em 15 de agosto de 1.997.