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São Carlos

Sumário / Índice
As Favas do Seu Major
de DAMIANO, Octávio Carlos
Ano: 1955
Nº de Páginas: 91 pp.
Editora: Gráfica Correio de São Carlos
A obra é uma coletânea de crônicas sobre a sociedade são-carlense do início do século 20. O título "As Favas do 'seu' Major", é o da primeira dessas crônicas, fazendo uma alusão ao Major José Inácio de Camargo Penteado, personagem histórico da cidade. As favas, por sua vez, tem a ver com a fila de faveiros existente defronte à sua casa, sendo que, para apanhá-las a molecada lançava pedras, as quais, uma vez ou outra, quebravam a vidraça do palacete. Até que ele resolveu reagir...; A crônica "Zé da Catarina", refere-se a um tipo popular. Mas outros são lembrados, como Mané Pedreiro, Chichiolaio, Cabo Antonio, Elpídio, Maria de D. Fortunata, Gema, Rainha. Nhô Braz, D. Maria Xavier e Banana-Cacau; Em "O Balão Colosso", narra a desdita do Cap. Sisto Lippi, que fizera tanto sucesso no recito da Exposição Nacional, fracassando em sua demonstração ao povo de São Carlos; em "A Biquinha do Padre", a polêmica que surgiu entre aqueles que concordavam e os que não concordavam com a canalização e distribuição pelos chafarizes da cidade das águas frescas e cristalinas descobertas pelo primeiro pároco, Padre Joaquim Botelho da Fonseca; em "Neneistas e Marietistas", conta a passagem, por São Carlos, do "Circo Pavilhão", com duas lindas trapezistas, Nenê e Marieta, as quais dividiram a mocidade em dois partidos. Representantes de cada lado, recitaram poesias, ofertaram mimos e a repercussão foi tanta que até o jornal "Diário de São Carlos" participou das manifestações, festejando a temporada da companhia e o sucesso das galantes meninas; em "o Elegrante Bleriot", relata os vôos aéreos realizados na cidade por Luiz Bergmann, em 11 de julho de 1.915, nas dependências do Derby, com seu aparelho "Bleriot"; em "Onde está a chapa", relata que, em 1909, só poderiam mendigar nas ruas de São Carlos os carentes que possuíam uma placa ( Chapa) de cobre, depois substituídas por chapas de folhas; em "Jupe-Culotte", a polêmica que provocou a introdução desse tipo de vestuário; em "Automóvel, Silforama ( aparelhos que projetava imagens fixas), Fonógrafo e Cinema",quando, como e através de quem tais novidades apareceram em São Carlos; Finalmente, na crônica "Cinzeiro", recorda da Vila Pureza, que nos velhos tempos era povoado pela gente de cor, sendo que parte dela era conhecida por Cinzeiro, nome depois substituído por Bola Preta, onde, nos terrenos vagos, havia batuques em todos os sábados, com a preservação da boa moral, sem licenciosidades.
O autor Octávio Carlos Damiano nasceu em São Carlos no dia 25 de abril de 1925. Filho do poeta e escritor Orlando Damiano e de Laura de Campos Damiano, foi assessor de imprensa da Câmara Municipal de São Carlos por mais de 20 anos. Desde 1941, Damiano atuou como jornalista e, a partir de 1947, publicou crônicas sobre a história de São Carlos. Os primeiros registros de seus trabalhos estão nos jornais "A Tarde" e "Correio da Manhã", onde também atuou como redator.Na década de 1950, Damiano intensificou sua produção sobre a cidade de São Carlos. Em 1954 publicou um minucioso estudo sobre os bondes da cidade, sob o título de "Notícia Histórica sobre os Bondes de São Carlos". No ano seguinte, publicou o presente livro, uma de suas mais conhecidas obras, uma coletânea de crônicas sobre a sociedade são-carlense do início do século 20, fazendo uma alusão ao Major José Inácio, personagem histórico da cidade. Damiano foi também um dos fundadores do Museu Histórico e Pedagógico "Cerqueira César", que no ano de 1957 abriria suas portas para a população. Nessa época, juntamente com alguns amigos e padres do Seminário Diocesano, comprou o jornal "A Cidade". Depois, abandonou esse projeto, direcionando-se então para outro aspecto da história de São Carlos: a "Revista São-carlense". Composta por artigos e notícias, a revista era escrita por são-carlenses que, sob a direção de Damiano, se dedicavam à pesquisa sobre as possibilidades culturais da cidade e seus personagens. O primeiro exemplar, dedicado ao centenário da cidade, foi lançado em junho de 1956, sendo os demais lançados nos meses decorrentes do mesmo ano.Em 1990, publicou "A História de São Carlos Através de Seus Filhos Ilustres", a primeira parte de um guia histórico e biográfico de titulares de ruas e logradouros da cidade. Em 1996, a obra definitiva foi publicada sob o título de "Caminhos do Tempo: titulares de logradouros e instituições públicas de São Carlos". No ano de 1995, Damiano publicou "Italianos em São Carlos", trabalho monográfico ganhador do Concurso de Monografias do ano de 1975. Nessa obra, Damiano tratou da questão do ciclo do café, sua cultura e desenvolvimento que possibilitaram a vinda de imigrantes, principalmente italianos, para a cidade. Durante os últimos anos de sua vida, Damiano escreveu semanalmente no jornal "Primeira Página" em um espaço denominado "A Memória de São Carlos". Dedicou-se também a estudos sobre a fundação da cidade, que acreditava ser graças a Jesuíno José Soares de Arruda. Este trabalho nunca foi finalizado. Seu último livro, "Crônicas do Tempo Antigo", foi publicado pouco tempo após a sua morte, que ocorreu no dia 15 de agosto de 1997.
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