É uma obra de história de família e lembranças. De linguagem escorreita e com trechos romanceados. A autora, baseada em sete anos de pesquisas documentais e em testemunhos de parentes e pessoas relacionadas com a sua família, relata a história de sucessivas gerações dos Arruda Botelho e, principalmente, se preocupa com a vida de seu avô paterno Carlos José Botelho, focalizando, no entanto, apenas parte de sua longa trajetória de 93 anos. Narra a sua infância, a perda da mãe ainda criança, a convivência com o seu pai, o Conde de Pinhal e sua 2a. esposa Ana Carolina, a condessa, a sua formação, os estudos médicos e complementares na França, o retorno e instalação de sua bem sucedida clínica médica em São Paulo. Além da clínica, o imóvel comportava a residência de Carlos José e do pintor Almeida Jr. A narrativa cessa quando do casamento de Carlos José com Constança Maria de Brito Filgueiras, em 1.883. O trabalho, muito bem estruturado, é enriquecido com letras capitulares, bem como com iluminuras reproduzidas de pinturas originais da própria autora.Ainda é ilustrado por pinturas de Arlindo Castellani de Carli, o qual, fascinado pelo ambiente do Solar da Botelha fixou em telas preciosos ângulos.Ainda foi o trabalho ilustrado por trabalhos a nanquim de Helena Coelho Marques e as vistas da sede do Pinhal e do Solar de Botelha foram pintadas pelo paisagista Nicola Peti. Também aparecem na obra, pinturas de Almeida Júnior. A autora Maria Amélia Arruda Botelho de Souza Aranha, nasceu em São Paulo, em 1917 e alí faleceu em 17 de setembro de 2011. Pintora,escultora, ilustradora, com o nome de Mabsa, e historiadora. Faz seus primeiros estudos com os pintores italianos Antonio Rocco (1880-1944) e Caetano de Gennaro (1890-1959). Estuda com o iluminador português Lucas Teixeira e com Habuba Farah Riccetti. Escreve e ilustra publicações históricas e artísticas, entre as quais Lendas de Amor do Folclore Indígena, publicado pelo Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo em 1968. Em 1970, expõe em São Paulo em mostra no Museu de Arte Brasileira (MAB/Faap); em 1977, participa do 9e Concours International de la Palme D´Or des Beaux Arts, em Monte Carlo (Itália). Figura como artista brasileira no Annuaire de L´Art International de 1980 e 1981. Em 1985, recebe na Itália o Premio Mondialle della Cultura/Statua della Vittoria e o prêmio Centro Studi e Ricerche della Nazione. Sócia do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo. Fundadora da Pinacoteca de São Carlos. Sócia do Instituto Genealógico Brasileiro.Publicou dezenas de obras, patrocinou exposições e realizou inúmeras conferências.
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