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São Carlos

Sumário / Índice
Café, Industria e Conhecimento – São Carlos, Uma História de 150 Anos
de SERRA TRUZZI, Oswaldo Mário ; REALI NUNES, Paulo e TILKIAN, Ricardo
Ano: 2008
Nº de Páginas: 200 pp.
Editora: EdUFSCar e Imprensa Oficial do Estado de São Paulo
É uma obra comemorativa aos 150 anos de São Carlos. A partir de fins do século 18, os "Sertões de Aracoara", explorado e penetrado, primeiramente por aqueles que se dirigiam às minas de Cuiabá, registra um intenso movimento de apropriação de terras. O município de São Carlos foi formado por áreas diversas, originárias de três sesmarias. A do "Monjolinho", concedida a Felipe de Campos Bicudo e regularizada em 1.810, depois vendida a Nicolau Pereira de Campos Vergueiro. A sesmaria do Quilombo, concedida ao vigário de Piracicaba, padre Manoel Joaquim do Amaral Gurgel, e regularizada em 1.812. Compreendia as terras baixas à beira do rio Mogi Guaçu, no atual Distrito de Santa Eudóxia, e a Sesmaria do Pinhal, que compreendia a metade sul do futuro perímetro urbano , concedida, em 1.781, ao cirurgião-mór do Regimento de Voluntários Reais de São Paulo, Manoel Martins dos Santos Rego, o quasl, cinco anos depois, vendeu-a para Carlos Bartholomeu de Arruda, sargento-mór de Itú e avô do futuro Conde de Pinhal, um dos fundadores da cidade.Em 1857, foi assinado pelo Presidente da Província de São Paulo a criação do Distrito de Paz e, tal foi o seu desenvolvimento que a Assembléia Provincial, por lei de 18 de março de 1.865 elevou-a à categoria de Vila. No recenseamento realizado em 1.874, a Vila de São Carlos, pertencente a Araraquara, contava com 6.897 habitantes, sendo 1.600 escravos.A primeira leva de imigrantes, de nacionalidade alemã, foi trazida, em 1876, pelo Conde de Pinhal, seguida pelos italianos, a partir dos primeiros anos da década de 1.880. Da última década do século 19 até o final da década de 1.930, tendo em vista exigir a economia cafeeira grande mão-de-obra, a população do município era predominantemente rural. Mas a cidade se organizou, em sua vida administrativa e política. Traçou-se o plano urbano, foram construídos palacetes, ruas, praças, avenidas, cemitério, Santa Casa, Cassa de Caridade e um serviço de transporte moderno: os bondes. E o poder estava concentrado na elite cafeeira. Foi somente após o debacle do café, ao final da década de 30, que a urbanização se acelerou, com a mudança dos colonos para a cidade, que se transformaram em artífices, produtores de bens e prestadores de serviços, criando, podemos dizer, uma "classe média", consumidora de bens e serviços.Com a urbanização, nas vilas mais afastadas moravam as famílias de menor renda: na Vila nery, Vila Prado e Botafogo. Nesta duas últimas, principalmente os ferroviários. As Vilas Izabel, Pureza e Marcelino abrigavam os maiores percentuais de família negras. Na região da baixada, conhecida como Piccola Calabria, próxima do Gregório, aglutinava-se a maior parte dos comerciantes italianos, em meio a industrias e oficinas situadas próximas ao traçado da ferrovia. As elites, por sua vez, essencialmente compostas por proprietários de terra ou por profissionais liberais a eles associados concentravam-se ao redor dos quarteirões da Matriz.Em São Carlos, os efeitos de desestruturação da economia cafeeira ficaram patenteados na desorganização daquele grande número de negócios dependentes diretamente das fazendas de café. Passado o primeiro momento do retrocesso, os negócios se reanimaram e outros ramos se desenvolveram , principalmente a indústria moveleira e a de confecção de ternos, de iniciativa de italianos. No após 2a. Grande Guerra, houve um inequívoco avanço das atividades industriais. A Cia. Fiação e Tecidos São Carlos, além de produzir para o mercado interno, passou a exportar fios e tecidos para quase toda a América Latina.A industria de tecelagem teve grande impulso e, em 1.945, marcou a instalação, em São Carlos, das Industrias Pereira Lopes, que usufruiu com enorme sucesso o período de substituição das importações.São Carlos teve destacada participação na Revolução Constitucionalista de 1.932,sob o comando do prefeito Antonio Militão de Lima, enviando diversos contingentes de voluntários,cerca de 567, doações, realizando a campanha do ouro, tendo tido a perda de quatro heróis: Alípio Benedicto, Benedicto Ferreira da Silva, Modesto Santana e Luiz Rohrer. Prosseguindo na obra, os autores destacam as principais fábricas e industriais de São Carlos, especialmente Ernesto Pereira Lopes, das Industrias Pereira Lopes, e Germano Fehr, que construíu a industria de Lapís Johann Faber Ltda. Ressalta, ainda a instalação, em 1.953, da Escola de Engenharia de São Carlos, da Universidade de São Paulo, fruto do trabalho do deputado Miguel Petrilli. No Capítulo IV, "A Cidade do Conhecimento", a constatação que São Carlos é a cidade das escolas, com destaque para a Escola Normal, a Escola Profissional,as inúmeras escolas públicas e privadas e, sobretudo, o "Campus da Usp" e a Universidade Federal de São Carlos. O trabalho releva, ademais, o trabalho de Pesquisa Agropecuária, que foi desenvolvido no antigo Posto Zootécnico e, principalmente, na Fazenda Canchin, sob a supervisão do médico veterinário Antonio Teixeira Vianna, com o desenvolvimento da raça bovina "Canchin" que cruzou gado Charolês com Nelore.Nos últimos capítulos, os autores destacaram alguns "ícones" da cidade e os eventos comemorativos dos 150 de
São Carlos.
O autor Oswaldo Mário Serra Truzzi nasceu em Campinas. Formou-se em Engenharia de Produção pela Escola de Engenharia de São Carlos ( USP). Mestre em Administração pela Fundação Getúlio Vargas-SP e Doutor em Ciências Sociais pela Unicamp. É professor da Universidade Federal de São Carlos desde 1.980. É autor de obras nas áreas de História e Sociologia das Migrações, dentre elas Café e Indústria: São Carlos ( 1850-1950), Patrícios, Sírios e Libaneses em São Paulo.
O autor Paulo Reali Nunes nasceu em São Carlos, onde fez seus estudos básicos no Instituto de Educação "Dr. Álvaro Gui9ão, a antiga Escola Normal de São Carlos. Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da USP. É Promotor de Justiça, desde 1.973. É autor de um livro de contos: O pato fui eu.
O autor Ricardo Tilkian nasceu em São Paulo e se formou em Comunicação Visual pela Universidade Mackenzie. Atua nas áreas de design gráfico, fotografia e artes gráficas. Em 1.992, criou a empresa Ponto&Meio de Comunicação, pioneira no uso de tecnologia digital na recuperação de acervos fotográficos e sua reprodutibilidade nos sistemas gráficos. É co-autor do livro "Alberto Santos Dumont - Eu naveguei pelo ar".
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