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São Carlos

Sumário / Índice
São Carlos Na Revolução Paulista De 1932
de NEVES CARNEIRO, João
Ano: 1973
Nº de Páginas: 145 pp.
Editora: Escola de Engenharia de São Carlos-USP
O movimento constitucionalista de 9 de julho de 1.932, também conhecido por Revolução de 32, foi desencadeado, a fim de exigir da ditadura implantada no Brasil com a chamada Revolução de 30, a Ordem e o império de uma Constituição Democrática. São Paulo levantou-se em armas no dia 9 de julho de 1932 e se rendeu, em 2 de outubro de 1932, na cidade de Cruzeiro, para as forças chefiadas pela general Pedro Aurélio de Góis Monteiro.Durante esse período, todo o Estado se mobilizou e não foi diferente em São Carlos, onde todas as forças vivas, comandadas pelo então prefeito Antonio Militão de Lima, se organizaram em múltiplas comissões, para dar suporte ao movimento. Dentre as principais, destacamos as de alistamento, aquela para angariar donativos, a da assistência médica, a formada para obter doações de metais e outros materiais. Foi feito tabelamento de preços, construído o campo de aviação, dado apoio a passagens de tropas de outras cidades em direção aos campos de batalha.No dia 11 de julho partiu para São Paulo o primeiro contingente de voluntário. No dia 14, partiu o segundo contingente, constituído por 150 voluntários; Dias depois, seguiu o terceiro contingente. No dia 19 de julho, partiu o quarto contingente. Até meados de julho, foram 11 contingentes. O alistamento de São Carlos somou 567 voluntários, cujos nomes a obra relaciona. As mulheres também se mobilizaram na confecção de uniformes, na obtenção de doaçoes do que fosse necessário à causa e na Cruz Vermelha.Igualmente foi lançada a "Campanha do Ouro", em agosto de 32. Importantes doações em valores, dinheiro, alimentos foram feitas, demonstrando a grande solidariedade da população são-carlense para com esse movimento cívico.Deram a suas vidas para a causa os voluntários Alípio Benedicto, Benedicto Ferreira da Silva, Modesto Santa e Luiz Rohrer.
O autor João Neves Carneiro nasceu no dia 05 de Agosto de 1904, em Prainha, município de Iguape, onde completou o curso secundário. Trabalhou na propriedade agro-pastoril de sua família, na margem direita do rio Bananal, hoje Miracatu. Ainda em Prainha começou a escrever para o jornal de Iguape.. Aos 21 anos, partiu para a capital onde foi trabalhar como secretário no Escritório Central da Companhia Telefônica Brasileira, onde ficou durante 3 anos, isso em 1925.
Da capital, foi para São Carlos, em 25 de março de 1927. Seu primeiro emprego na cidade foi como servente na Escola de Comércio de São Carlos. Devido a sua extrema habilidade com a língua, logo conseguiu um emprego como redator do jornal "A Cidade". A disposição ao trabalho e o amor ao jornalismo levou-o ao jornal "Correio de São Carlos". A política da época estava vivendo um período tumultuado e a partir de suas impressões, começou a escrever artigos políticos. Jornalista com a única ideologia de verdade, chegou a ser correspondente de jornais da capital como a "Gazeta" e o "Estado de São Paulo".A imprensa são-carlense contou com sua participação efetiva desde a década de 20. Nesta época atuou como revisor do jornal "A Cidade" e também como repórter, redator-auxiliar, do "Correio de São Carlos". Foi ainda redator do jornal "Acista", órgão oficial da Ação Católica Diocesana e também colaborou no "O São Carlos", órgão oficial do Bispado. Em 1932, em busca de uma vida melhor aceitou o convite para trabalhar na Prefeitura Municipal de São Carlos, como funcionário público. Iniciou suas atividades como porteiro, chegando em pouco tempo a Diretor da Secretaria da Prefeitura Municipal, cargo que lhe dava o poder de ocupar o papel de Prefeito Municipal, durante a ausência do administrador efetivo.
Durante a Revolução Constitucionalista de 32, auxiliava o então prefeito Antônio Militão de Lima.. Em um período de intensa inquietação administrativa, chegou a ser demitido da Prefeitura, acusado injustamente de revolucionário e separatista. Perseverante e firme sempre com seus ideais de justiça, resistiu à difícil fase e depois da situação novamente estabelecida, foi readmitido ao cargo onde ficou até se aposentar em 1958.Nesta época até 1963, voltou às redações dos jornais "Correio de São Carlos" e "A Cidade".
Durante os governos discricionários da República de 30 à 45, nos quais os prefeitos municipais eram nomeados pelo Interventor Federal do Estado de São Paulo, sempre que vagava o referido cargo, João Neves Carneiro respondia pelo expediente até a posse do novo prefeito. Ocupou o cargo de janeiro de 47 até 31 de maio do mesmo ano, com o afastamento por licença e a exoneração do Prefeito Municipal Sabino de Abreu Camargo, entregando-o nesta data ao novo Prefeito.
Em 1963, já aposentado do cargo de Diretor da Secretaria da Prefeitura Municipal, foi convidado a seguir contratado, para exercer o cargo de redator da Câmara Municipal, onde permaneceu até se retirar definitivamente em 1992.Com a presente obra, obteve o 1o lugar no Concurso de Monografias sobre São Carlos, durante a Semana Municipal da Biblioteca Municipal.
Pelos seus serviços prestados à cidade a Câmara Municipal conferiu-lhe o Título de Cidadão Honorário de São Carlos, título que lhe foi entregue no dia 30 de setembro de 1977, em sessão solene da Entidade. João Neves Carneiro o "Carneirinho" como era carinhosamente chamado, faleceu no dia 29 de janeiro de 1999, aos 94 anos.
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