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Ribeirão Preto

Sumário / Índice
Café - A Poesia da Terra e das Enxadas
de RAMOS, Saulo
Ano: 2002
Nº de Páginas: 147 pp.
Editora: Expressão e Cultura
O autor, uma consagração nacional por sua atuação no Direito e na prestação do serviço público, como Consultor Geral e Ministro da Justiça, destaca-se, também, nas letras e, para o perfil, desta coleção, apresenta o clássico "Café - A Poesia Da Terra E Das Enxadas". A primeira preocupação foi em que cidade classificá-la.Em"Trilogia das minhas terras", faz louvação a três cidades: Brodowski, onde nasceu; Cravinhos, onde seu pai tinha fazenda e passou a adolescência, e Ribeirão Preto, onde estudou, e é personalidade das mais homenageadas, tendo retribuído com a letra do "Hino à Ribeirão Preto", com o exercício profissional em escritório de advocacia e residência em um dos seus condomínios, enquanto vivo foi. Na dúvida, o tema deve definir o critério de escolha. Não é de se duvidar a importância de Brodowski, igualmente terra de Portinari, e de Cravinhos, com sua magnífica "terra rossa", que foi fundamental para a cafeicultura, forçoso é reconhecer, porém, que o CAFÉ constituiu-se no ícone mais importante de Ribeirão Preto, tanto é que, no hino, o autor a define, como a "Capital do Café". E, mais, logo na primeira estrofe, proclama: "A minha terra é um coração aberto ao sol pelas enxadas...", valendo-se dos termos "terra" e enxadas", que inspiram a poesiaa. Essa estrofe inicia o "Hino à Ribeirão". A coletânea traduz a saga do café.A origem da planta,na Etiópia, traduzida no poema "Lenda". A vinda das sementes para o Brasil, trazidas por Francisco de Mello Palheta ("Fraternidade"); a terra adequada para o plantio ("O mar subiu a serra", "Canaan" e "Terra Roxa"); o desmatamento ("Derrubada") os primeiros passos ("Preparação da terra"); o trabalho ("imigrantes"), o que faz a planta crescer ("Irrigação","Capina",) os flagelos da planta ("Geada","Seca","Broca","Chuva de Pedra","abandono"),a produção ("Florada do Café", "Safra", "Colheita" ) o cotidiano e as estórias de fazendas ( ""Era Hoje","Sino da Minha Aldeia,"História Engraçada", "Adivinhação", "Safra ou missa", "Quer comprar minha fazenda?, "Domingo","Guacira", "A professora", "Quaresma", "Lua Minguante", "Lua Nova", "Sexta-Feira da Paixão", "Santo Reis-I", "Encontro-II", "Infância", "Minha mãe catando lenha","Na boca da noite", "Madrugada azul", "Alma de caboclo", "Flores do Ipê", "Beira do Fogo", "Oitava do Enxadeiro", "Sextilhas do posseiro nordestino" e o´"Ultimo Poema") degustação ("O Cântico dos Cânticos", "Gênese", "xícara de esmeralda"), decadência do café ( "Fazenda Antiga"). A coletânea se encerra com a Trilogia das minhas terras, composta pelos poemas "Brodosqui", "Cravinhos" e Ribeirão Preto", que não integraram a primeira edição do "Café..." e com o poema "Mil palavras para quinhentos anos", incluído por ter sido uma Ode aos Quinhentos Anos do Descobrimento do Brasil e por haver se tornado uma obra clássica de lírico otimismo pelas coisas do Brasil.
o AUTOR: JOSÉ SAULO PEREIRA RAMOS,mais conhecido por Saulo Ramos, foi um advogado, político, jurista e escritor brasileiro. Como advogado, Saulo herdou em São Paulo o escritório do famoso jurista Vicente Rao. Foi Professor honoris causa pelo Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Na administração federal, foi da equipe de Jânio Quadros e consultor-geral da República e ministro da Justiça durante o Governo Sarney. Honrando os quadros da Academia Ribeirão-pretana de Letras, Saulo Ramos, além de suas obras jurídicas, deixou notável obra poética, constituída por "Recado ao caseiro" ( 1985) e "C´Etait Aujourd´Hui ( 1.998) e “Café – A Poesia da Terra das Enxadas”, que inspirou a letra do "Hino a Ribeirão Preto". Concluiu seus escritos, lançando, em 2007, o livro de memórias O Código da Vida, onde, a partir de um polêmico caso judicial, conta sua trajetória de vida e fatos que marcaram a história do país. Entre os episódios importantes dos quais teve participação direta se incluem a ação movida pelo Senado, junto ao Supremo Tribunal Federal, na qual se pedia a cassação do presidente Fernando Collor, que renunciou antes de sofrer o impeachment, em 1992.Outro papel decisivo foi o de criar as bases jurídicas dos Planos Cruzados I e II, com os quais Sarney tentava conter a inflação galopante que então assolava a economia brasileira.Saulo foi um dos fundadores da Academia Santista de Letras.Recentemente alternava a sua residência de São Paulo com a de Ribeirão Preto. Faleceu em 28 de abril de 2013, repousando eternamente em sua terra natal.
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