VOCÊ SABIA...que, neste dia 13 de junho, "DIA DE SANTO ANTÔNIO" é de serem relembradas a IGREJA SANTUÁRIO DE SANTO ANTONIO, A ABADIA DE SANTA MARIA DO MONTE OLIVETO E A PARÓQUIA DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA? A propósito da Ordem do Monte Oliveto (Olivetanos), no seu início, foi ela eremítica. Em 1313, três nobres de Siena, Bernardo Tolomei, Patrizio Patrizi e Ambrogio Piccolomini converteram-se em "frades eremitas", dedicando-se à contemplação e orações no deserto de Ancona, Itália. Por iniciativa do bispo de Arezzo, Guido Tarlati, em 1319, Bernardo Tolomei e os companheiros, nos arredores da cidade de Siena (Asciano) na Toscana, Itália, fundaram a ordem cenobítica, sob a regra de São Bento, tendo sido reconhecida pela Igreja Católica e aprovada pelo Papa Clemente VI, em 1344. Depois de uma tentativa frustrada em Cananéia-SP, em 1908, com monges austríacos, houve o retorno da Ordem Beneditina Olivetana ao Brasil somente em 1919, instalando-se, primeiramente, em Ribeirão Preto e, mais tarde, em São Paulo. O primeiro deles a pisar terras brasileiras foi o abade-procurador Dom Luigi Maria Perego, O.S.B. vindo do mosteiro olivetano de Roma. Com efeito, em 22/11/1919, o Abade Perego chegou a nossa cidade e, nesse dia, o bispo diocesano, Dom Alberto Gonçalves o nomeou reitor da Capela de Santo Antônio (Antoninho) dos Pobres e Capelão do Hospital da Santa Casa de Misericórdia, em substituição aos padres escalabrinianos que deixavam Ribeirão, depois de notável trabalho em prol dos imigrantes italianos. No dia seguinte, ele celebrava, pela primeira vez, o santo sacrifício da Missa, pregando em italiano. Nesse tempo, Ribeirão contava mais ou menos 30.000 italianos. (Apenas um parênteses, para explicar que a Ordem dos Escalabrinianos quis deixar a cidade para aumentar o número de padres no Rio Grande do Sul. Assim o Pe. Preti, provincial dos scalabrinianos, apresentou o Abade Perego ao bispo Dom Alberto José Gonçalves para que substituísse os padres que saiam). Para aumentar a missão olivetana, no dia 07/04/1920 , chegaram a Ribeirão Preto Dom Silvestre Asconati e Dom Filipe Garzoni. Em 16 de abril de 1920, Dom Alberto José Gonçalves estabelece quais eram as obrigações dos olivetanos em Ribeirão Preto (os quais, aqui, não foram cenobitas), a saber: a) Tratar dos interesses espirituais dos italianos aqui residentes, de acordo com os vigários (o que limitava a liberdade e as iniciativas desses monges);b) prestar socorros espirituais no Hospital da Misericórdia da cidade; c) dirigir a Associação de Santo Antônio de Pádua na parte do culto e na construção do Hospital e da Igreja, de acordo com os Estatutos da mesma (o que de igual modo os limitava); d) dirigir uma escola profissional para os meninos pobres; e) fundar um convento de sua Ordem, perto dos edifícios constantes da letra “c” para o que a Diocese lhes dará o terreno necessário; f) auxiliar o serviço religioso nas Paróquias em confissões, missões, etc. Em 21/09/1920 - O Abade Geral da Ordem Olivetana constitui Dom Perego primeiro abade do Mosteiro de Santa Maria de Monte Oliveto e seu Comissário – com plenos poderes – diante da Cúria episcopal de Ribeirão Preto. No ano seguinte, Dom Perego retorna do Capítulo Geral na Itália, trazendo consigo Dom Michelangelo Biondi e mais dois jovens: Giovanni Garzoni e Vitorio Viganò. Em novembro de 1920, foi apresentado, para a aprovação junto à Prefeitura Municipal, o projeto da construção da nova igreja, em estilo românico lombardo (tardio), com inspiração bizantina, tendo por referência a igreja de São Bento da Abadia Olivetana de Seregnho ( proximidades de Milão), na Itália, com 57 metros de comprimento por 29 de largura, com torre externa, elaborado pelo engenheiro Cesar Formentini, o qual foi aprovado no ano seguinte. No dia 18/06/1922, foi dado início, pelos próprios monges olivetanos, da construção da Igreja Santo Antonio de Pádua. Nesse dia foi lançada a primeira pedra. Em 1930, apenas coberta, a igreja foi aberta aos fiéis. Já nos princípios de 1934, os Padres se transferem da casa dos fundos da Santo Antoninho dos Pobres para o convento anexo à Igreja de Santo Antônio. Em 1938, o Abade Geral anuncia ao Prior Dom Michelangelo Biondi a elevação do mosteiro à dignidade de Abadia, e em 1939, com a sua a sua eleição e bênção abacial, doado pela Pia União, o trono abacial é executado pela Casa Rigon. Em 1940, o revestimento da Igreja Santo Antônio estava quase concluído. Em 11/07/1940 - o abade Dom Michelangelo benze o altar-mor oferecido por Dona Theolina (Sinhá) Junqueira em memória do esposo Francisco (Quito) Junqueira, o altar de Nossa Senhora Aparecida, doado por Dona Francisca Frazão Pinto; o altar de Santa Francisca Romana, doado pelas Oblatas olivetanas e a imagem da mesma Santa, doação de Dona Tereza Giardulli. Em 1947, morria, na Itália, Dom Luigi Perego, o pioneiro. Dias antes, repetia para dois monges do Brasil em visita a Monte Oliveto Maggiore: “Se não estivesse tão velho, voltaria para o Brasil...” Em 15/03/1947, o bispo diocesano, Dom Manuel da Silveira D’Elboux, canonicamente institui a Paróquia Santo Antônio de Pádua que, conforme Rescrito nº 5065/946 da Sagrada Congregação do Concílio, vem unida “ad nutum Sanctae Sedis”, conforme o cânon 1425 2 (mil...) do Código de Direito Canônico (de 1917) e dos nºs 468-473 das Constituições da Congregação Beneditina Olivetana de então à Abadia de Santa Maria de Monte Oliveto. Pouco tempo depois, em 13/04/1947, presentes Dom Delboux e o delegado deste, Mons. Dr. João Lauriano, foi lido o Decreto de criação da Paróquia e da Provisão do primeiro pároco, Dom Suitberto M. Bucci e empossado o mesmo sacerdote. No primeiro ano da Paróquia foram celebrados 404 batizados, 83 matrimônios, 65.320 comunhões (com as da Santa Casa), 240 primeiras comunhões, 270 extremas unções, 175 viáticos e 176 encomendações. Em 03/08/1949, faleceu Dom Abade Michelangelo Maria Biondi. É sepultado na Igreja abacial em vestes prelatícias, depois de licença concedida pelo Sr. Ademar de Barros, governador do Estado. Em outubro de 1950, iniciam-se os trabalhos para o acabamento da frente da Igreja. Em julho de 1956, na festa de São Bento, o Sr. Bispo abençoa e inaugura a torre campanário da Igreja Paroquial. Edgard Colombini foi o engenheiro e a construtora foi a firma de Francisco Faggion. Em 23/10/1961 - Instala-se na Igreja de Santo Antônio o órgão elétrico “Diatron”. Ainda em 1963, o Abade Geral, em visita a Ribeirão Preto, sagra a igreja e o altar-mor, enquanto Dom Sabatini, Abade local, sagrava os altares laterais do Sagrado Coração de Jesus e de Santo Antônio. As relíquias foram as dos mártires São Simplício, Santa Venusta e Santa Fortunata. Em 07/03/1965 - A Igreja Santo Antônio ganha um altar-mor em mármore. Em 1969 o “batistério” é colocado no presbitério. A par da Abadia e da Igreja de Santo Antonio, de se lembrar, ainda que os monges olivetanos deram início à construção daquele que seria o Hospital Italiano, no Morro do Cipó, transforando-se, ao depois, no Edifício Monástico da Ordem e, ao lado, o Santuário das Sete Capelas, lugar de oração e peregrinação. De ressaltar, por fim, que, em 2019, a Igreja de Santo Antônio de Pádua foi elevada a BASÍLICA MENOR.
VEJA, NO LINK ABAIXO, VÍDEOS QUE DIZEM RESPEITO À IGREJA DE SANTO ANTONIO DE PÁDUA:
https://arquidioceserp.org.br/santo-antonio-de-padua-basilica-menor-1947/
https://www.youtube.com/watch?v=8AuJsU5wYrk
https://www.youtube.com/watch?v=SmBSz_QORz4
https://www.youtube.com/watch?v=WgNCzGktCBA
VÍDEO HISTÓRICO POR OCASIÃO DO 1° CENTENÁRIO DOS MONGES OLIVETANOS NO BRASIL E RIBEIRÃO PRETO:
https://www.youtube.com/watch?v=wE8s4W42FrQ&app=desktop
SOBRE O MOSTEIRO DE SÃO BENTO, VER O LINK:
https://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=voceSabia&mes=7&dia=20
SOBRE O SANTUÁRIO DA SETE CAPELAS, VER OS LINKS:
http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=R&idCity=24&idCategory=8&idBook=2269
https://www.youtube.com/watch?v=g9U1KtWxpMw
https://www.youtube.com/watch?v=_45LaVevYUA