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Você Sabia?
 
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VOCÊ SABIA...que, no dia 20 de março de 1893, a Prefeitura Municipal adquiriu a área do CEMITÉRIO DA SAUDADE?  Após a Câmara Municipal ter autorizado a compra na sessão de 19/01/1893, nesse dia 20/03 foi lavrada a escritura de compra e venda (1º Tabelião, fls. 41 do Livro 105 verso) do lote n. 16, do Núcleo Colonial Antônio Prado, pertencente a Antônio Martins Barracho, totalizando uma superfície de 103.836 m2, constituída pelo quadrilátero formado pelas atuais Avenida da Saudade e ruas Flávio Uchoa, Luiz Barreto e Fernão Salles. A autorização para a compra fora anteriormente aprovada pela Câmara Municipal na sessão de 19/01/1893.  Relembrando, nos primórdios, os sepultamentos eram feitos nas próprias fazendas ou junto às capelas, não descartando a possibilidade de que alguns tenham sido realizados na Villa de São Simão, então paróquia a qual estavam sujeitas as terras de Ribeirão Preto. A propósito dos “campos santos”,  com o surgimento do povoado e o estabelecimento do Patrimônio de São Sebastião do Ribeirão Preto em 1856, e ainda com a edificação da Capela entre 1863 e 1868 (no local ocupado hoje pela fonte luminosa na Praça XV de Novembro), segundo alguns historiadores locais, dentre eles, Prisco Prates, teriam sido criadas as condições para o estabelecimento do primeiro cemitério urbano, nos fundos da Capela. Ocupava, possivelmente, o local onde hoje encontra-se o monumento ao Soldado Constitucionalista na Praça XV de Novembro, não sendo conhecida até o presente momento a data inicial do seu funcionamento. O que consta, segundo essa versão, é que foi encontrado registro de sepultamentos, ali,  de 284 pessoas, entre 1867 e 1870, o que foi corroborado pelo encontro de ossos humanos por ocasião da construção do monumento ao soldado constitucionalista. Há controversa, no entanto, pois o mais importante pesquisador da vida religiosa local, José Pedro Miranda, afirma, nos seus escritos, que não há  relatos de que foram encontrados ossos humanos neste local por ocasião da reforma da Praça XV em 1938. Tal entendimento é corroborado pelo historiador Ricardo Barros, que diz não ter encontrado, nas Atas da Câmara Municipal e em outros documentos qualquer menção à existência de cemitério próximo à primeira Matriz. De qualquer forma, por volta de 1878 foi criado o segundo cemitério (que, possivelmente, seria o primeiro, localizado nas imediações das atuais ruas Lafaiete, Tibiriçá e Florêncio de Abreu (Praça das Bandeiras), local em que foi construída a Catedral Metropolitana.  O terceiro (ou segundo) cemitério foi criado onde é hoje a atual praça Sete de Setembro, no quadrilátero formado pelas ruas Sete de Setembro, Florêncio de Abreu, Floriano Peixoto e Lafaiete. Este último funcionou possivelmente entre 1887 e o início dos sepultamentos no Cemitério da  Saudade. Com a proclamação da República, os cemitérios foram secularizados. Assim, para atender aos novos padrões sanitários, o atual campo santo público da av. da Saudade foi criado a partir de 1893 e situado fora dos limites do patrimônio de São Sebastião. A localização, num bairro afastado do centro, seguiu a orientação da ideologia higienista, promoveu uma separação nítida entre o espaço dos vivos e dos mortos, evitando-se focos de infecções e doenças. Foi construído em uma área do lote rural nº 16 da 3ª Secção do Núcleo Colonial Antônio Prado, criado em 1887.  O funcionamento do cemitério foi regulamentado através da Lei nº 02, de 01/09/1893, depois de ter sido o projeto aprovado pela Câmara Municipal em 31/08/1893. O Cemitério da Saudade foi inaugurado no dia 30/09/1893. Dada a riqueza do Município, atraiu artistas e artesãos que montaram suas marmorarias nas ruas próximas ao centro e começaram a atrair os coronéis do café, abastados comerciantes e industriais, que queriam para os seus mortos o mesmo requinte que em vida. A Marmoraria Ítalo Brasileira, de Carlo Barberi, foi a primeira a se estabelecer em Ribeirão (onde hoje é a Biblioteca Sinhá Junqueira). Em 1892, sua empresa já recebia as primeiras encomendas. Dentre elas a da família de Antônio Alves Ferreira, pai de Iria Alves Ferreira, considerada a “Rainha do Café” e que protagonizou o famoso “Crime de Cravinhos”. A produção de imagens, túmulos, adornos e toda a variedade de projetos seguia tendências europeias. O material era o mármore de Carrara, na época o que havia de melhor. Levantamento produzido pela Municipalidade dá conta de que 130.106 pessoas foram inumadas até 24/10/2016. Hoje em dia, os túmulos mais visitados são: Menino Zezinho - Q.12 Sep.1632; Túmulo das Almas - Q.27 e Q.16; Túmulo dos Padres - Q.08; Menina da Piedade (Piedade Gomes Baião) - Q.15; Alfredo Condeixa Filho - Q.18 Sep.1551; Associação Olivetanos do Mosteiro São Bento - Q3 Sep.960; Camilo de Mattos - Q.10 Sep.1274; Costabile Romano - Q.07 Sep.6027; Antônio Duarte Nogueira Q.03.Sep.5084; Dom Aparício - Q.18 Sep.2477; Dom Giovanni Rabaioli - Q.07 Sep.586; Fabio Barreto - Q.07 Sep.866; Geraldo Correa de Carvalho - Q.10 Sep.374; Irmandade Servas Jesus Sacerdote - Q.23 Sep.6165; Irmãs Ursulinas - Q.07; Loja Maçônica Estrela D'Oeste - Q.03; Loja Maçônica Abolição e Independência - Q.12; Loja Maçônica Luz de Ribeirão Preto - Q.04 Sep.8578; Missionários Filhos do Coração de Maria - Q.18 Sep.5773; Nossa Senhora da Cabeça - Q.22; Padre Francisco Paulo Sino - Q.06 Sep.5699; Padre Jose Anselmi - Q.10; Policia Militar - Q.27 Sep.3227; Policia Rodoviária - Q03 Sep.5014; Sinhá Junqueira - Q.21 Sep.2011; Veiga Miranda(Academia Ribeirão Pretana de Letras) - Q.18 Sep.1848 e Márcio José Frigieri. A parte histórica deste texto teve subsídios colhidos no trabalho  de  Tânia Cristina Registro . “O Cemitério da Saudade de Ribeirão Preto”. Igualmente no Trabalho de conclusão do curso "A Dimensão Histórica da Morte Burguesa nos Séculos XIX e XX", ministrado pela Profa. Dra. Maria Elízia Borges, UNESP -Franca, 1994 , autora da obra "Arte Funerária no Brasil - 1890-1930 - Ofício dos Marmoristas Italianos em Ribeirão Preto" (2002).É de ser acrescentado, finalmente, que, além do Cemitério da Avenida da Saudade, em Ribeirão Preto, existem mais três necrópoles, ou sejam, Cemitério de Bonfim Paulista (1915), com área de 20.000 ms2; Cemitério Bom Pastor (1974) e Memorial "Parque dos Girassóis", o maior deles, com 240.000 ms2 (2009).

VEJA FOTOS DO CEMITÉRIO DA SAUDADE (clique na flexa), NO LINK:

https://www.facebook.com/photo/?fbid=2266153720195350&set=pcb.3792837287460457

VEJA A SINOPSE DO LIVRO "Arte Funerária no Brasil 1890-1930 Ofício de Marmoristas Italianos em Ribeirão Preto", de Maria Elizia Borges, no link: 

http://www.plataformaverri.com.br/index.php?bib=1&local=book&letter=R&idCity=24&idCategory=8&idBook=652

VÍDEO SOBRE VISITA CULTURAL AO CEMITÉRIO DA SAUDADE

https://www.youtube.com/watch?v=2agLlKFvRgk

VEJA VÍDEO SOBRE O 1° CEMITÉRIO DE RIBEIRÃO PRETO, AUTORIA DE RICARDO BARROS:

https://www.youtube.com/watch?v=r1DOqx0cFy4

VEJA VÍDEO SOBRE OS CEMITÉRIOS DE RIBEIRÃO PRETO

https://www.youtube.com/shorts/Mc-HPX_UdcU

VEJA O QUE FOI O NÚCLEO COLONIAL ANTÔNIO PRADO, ONDE SURGIU O CEMITÉRIO DA SAUDADE:

http://www.plataformaverri.com.br/index.php?local=voceSabia&mes=7&dia=31


VEJA VÍDEOS SOBRE O CEMITÉRIO DA SAUDADE, NO LINK: 

https://www.youtube.com/watch?v=x0-AtctFI_8

http://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/jornal-da-eptv/videos/v/cemiterio-da-saudade-guarda-parte-da-historia-de-ribeirao-preto-sp/6261146/

FÉRETRO DA BENEMÉRITA SINHÁ JUNQUEIRA

https://www.youtube.com/watch?v=8WDYPk4gBRs

VÍDEO SOBRE OS TÚMULOS MAIS VISITADOS, "INCLUSIVE O PRÓPRIO", DE AUTORIA DE ROBERTO ROSSI.

https://www.facebook.com/roberto.rossi.543792/videos/1584799071578993/?query=Cemit%C3%A9rio%20da%20Saudade&epa=SEARCH_BOX

https://www.youtube.com/watch?v=Mn9wxzGQu9s

VEJA TÚMULOS DE PESSOAS, QUE FARIAM "MILAGRES":

https://www.youtube.com/watch?v=VpfNupj8nuM