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VOC� SABIA...que, no dia 02 de mar�o de 1891, foi formalizada a constitui��o da COMPANHIA AGR�COLA DO RIBEIR�O PRETO? Na cafeicultura da regi�o, ombreou-se �s outras tr�s grandes: Cia. Francisco Schmidt, Cia. Dumont e S�o Martinho/Guatapar�. A origem dessa empresa deu-se na "Fazenda Chimborazo", que, originalmente era localizada em S�o Sim�o e fora formada, na d�cada de 1860, por Jos� Bento Diniz Junqueira, um dos primeiros introdutores da cultura do caf� na regi�o. Na divis�o de �rea por ocasi�o da autonomia (1871) passou para o territ�rio de Ribeir�o Preto (Cravinhos). Adquirida a "Chimborazzo" por investidores, a institui��o da Companhia Agr�cola do Ribeir�o Preto deu-se de acordo com o figurino das novas teorias econ�mico-financeiras do regime republicano (Encilhamento), na forma de sociedade an�nima (Lei 3.150, de 4/11/1882, alterada pelos Decretos ns. 164 e 165, de 17 de janeiro de 1890) e com racionaliza��o da produ��o. O prop�sito dessa reforma foi a cria��o de bancos de emiss�o e autoriz�-los a repassar os financiamentos para cobertura de lan�amento de pap�is e t�tulos. Permitiu-se a forma��o de empresas cujo lastro podia ser expresso em pap�is e n�o somente em bens de raiz ou dep�sito ouro. Quando de sua institui��o, a maior acionista da Cia. Agr�cola de Ribeir�o Preto, com 36.900 a��es, era a empresa Buarque & Cia., casa comiss�ria de caf� estabelecida no Rio de Janeiro, a qual integralizou o seu capital com a entrega das propriedades agr�colas "Chimborazo"", "Monte Bello", "Monte Parnaso", "S�tio de Santa Am�lia. Por outro lado, com 2.200 a��es, integralizadas com a entrega das propriedades "Toca� e "Santa Maria", perfazendo um total de 270 alqueires, o Dr. Ernesto Torres Cotrim e sua mulher eram o segundo maior acionista. A aquisi��o das propriedades e a expans�o da cafeicultura iniciaram-se por volta de 1888. A Fazenda principal, e que centralizava o conjunto, era justamente a �Chimborazo�. Com a forma��o da SA, surgiram as se��es "Toca", "Monte Bello", "Monte Parnaso", "S�tio Santa Am�lia", "Santa Maria", "Lagoa", "Tibiri�a", "Mat�o", "Santa F�" e "Engenho", localizadas no atual munic�pio de Cravinhos-SP (ent�o Distrito de Ribeir�o Preto - a emancipa��o deu-se em 19/03/1896) e, e antes a S�o Sim�o-SP. Num total de cerca de 2.200 alqueires de terras, 1.000 eram ocupados por 2.037.000 cafeeiros, 900 alqueires por matas e cerrados, 110 com pastagens e o restante com culturas forrageiras, cereais, etc. Havia uma cria��o de gado �caracu� selecionado em n�mero superior a 200 cabe�as e cerca de 120 animais de custeio da ra�a cavalar. A situa��o acion�ria modificou-se completamente a partir de 1893, quando os Cotrim deixaram a sociedade e, em 1895, quando a fam�lia Buarque transferiu o controle acion�rio para Ant�nio Carlos de Arruda Botelho, o Conde de Pinhal, que a adquiriu com o dinheiro apurado na venda da Estrada de Ferro de Rio Claro, da qual era s�cio majorit�rio e presidente. Os seus filhos Carlos Amadeu e Carlos Am�rico foram seus diretores e Carlos Jos� o gerente. Em seu apogeu, a empresa chegou a ter cerca de 5 mil trabalhadores, dispersos em v�rias col�nias que desenvolviam servi�os de m�quinas, terreiros, despolpadores e transporte do caf�. A maioria dessa popula��o era italiana. As m�quinas de beneficio e despolpamento podiam preparar de 1.600 a 1.800 arrobas de caf� por dia. Os terreiros para secagem de caf� ocupavam uma �rea de 72.584 m2 (3,024 alqueires), sendo 11.765 m2 feitos de argamassa, piche e areia e 51.765 m2 ladrilhados. As oficinas compreendiam as depend�ncias de ajustagem, ferraria, fundi��o, montagem, carpintaria e pintura. A energia era fornecida por 2 equipamentos a vapor e 2 motores el�tricos. O disp�ndio de combust�vel atingia cerca de 2.000 metros c�bicos de lenha por ano. Havia tamb�m em atividade 2 moinhos, 1 serraria, 1 olaria e uma roda d'�gua. O n�mero de casas, incluindo as dos colonos, era de cerca de 500 e de ve�culos (autom�veis, caminh�es, carro�as, carro��es, etc.) era de 30. Os trilhos da Cia Mogiana de Estradas de Ferro (CM) cortava a CARP em uma de suas fazendas, vindo de S�o Sim�o com dire��o � Cravinhos. Por pedido da CARP � CM, atrav�s de recursos pr�prios, ela construiu uma esta��o no quilometro 285,2 de sua linha tronco, inaugurada em 15/07/1892, denominada Tibiri�� por estar nas terras desta fazenda. Desta esta��o partia a Estrada de Ferro Chimborazo, que se desenvolvia por 17 km, em bitola de 60 cm, em uma via �nica cont�nua, dividida em tr�s se��es, sendo de Tibiri�� Chimborazo, com 3 km, de Chimborazo � Monte Parnaso, com 2,5 km e de Monte Parnaso � Monte Belo, com 11,5 km. O material rodante consistia em 4 locomotivas, 2 carros de passageiros e 30 vag�es de cargas. At� abril de 1895, foi o seu gerente o engenheiro civil Rufino Augusto de Almeida, em assembleia geral realizada nesta ocasi�o, que decidiu a mudan�a da sede da CARP, da cidade do Rio de Janeiro para S�o Paulo, pediu sua demiss�o do cargo. Acredita-se que a vis�o de Rufino para a ferrovia da CARP era outra. Possivelmente, Rufino tinha planos de expandir tal ferrovia, para atingir novas freguesias e chegar ao sul de Minas Gerais, regi�o tamb�m rica em cafezais. O percurso at� a capital do Estado e com o porto mar�timo de Santos era de 10 e 12 horas respectivamente. Tendo falecido o Conde do Pinhal em 1901, a CARP foi alienada por seus herdeiros para os campineiros Jos� Queiroz Lacerda (banqueiro), Jos� Egydio de Queiroz Aranha (agricultor e capitalista) e ao Coronel Jos� Paulino Nogueira (patriarca dos atuais Coutinho Nogueira, da EPTV). Com o tempo, dada as sucessivas crises da cafeicultura, houve o parcelamento de toda �rea. Em 1923, por heran�a de seu pai, Jos� Egydio de Queiroz Aranha, Pedro Egydio de Queiroz Aranha torna-se dono de parte das a��es da CARP e junta-se a seu cunhado, Waldomiro de Almeida Vergueiro. Na data de 05/04/1924, Pedro Egydio, Waldomiro Vergueiro e a empresa �Marques Valle & Cia�, tamb�m acionista, firmam contrato de sociedade particular para dispor de todas as a��es da CARP. Por�m, de maneira criminosa, protestada por Pedro Egydio, a empresa Marques Valle & Cia vende todas as a��es � investidora londrina �The Parents Trust Limited Co�, que repassa os direitos � �Companhia Cafeeira Brit�nica Brasileira SA� (CB). Esta empresa administrou a extinta CARP, em meio a diversos processos movidos pelas partes, at� o ano de 1938, quando uma grande parte da antiga propriedade foi vendida para o empres�rio Paulo Matarazzo, passando a ser denominada FAZENDA SANTO ANDR�, dividida em quatro se��es: a antiga fazenda Chimborazo (sede) e as se��es Tibiri�a, Mat�o e Santo Ant�nio. De uma nova divis�o, surgiram a fazenda Santa Virg�nia (Chimborazo), localizada no Km 289, da Via Anhanguera, e fazenda Santa Francesca (sec��o Tibiri��, onde ficava a esta��o), todas de membros da Fam�lia Matarazzo, que s�o os atuais propriet�rios. Hoje se planta praticamente cana-de-a��car, al�m de pequenas outras culturas de rota��o. A casa sede (Chimborazo) est� bem conservada por fora, tendo sofrido v�rias modifica��es internamente. V�rios edif�cios foram demolidos.

VEJA FOTOS DA CIA. AGR�COLA DO RIBEIR�O PRETO, NO LINK:

https://www.facebook.com/groups/352813591462861/search/?q=Companhia%20Agricola%20do%20Ribeir%C3%A3o%20Preto%20&locale=pt_BR

VEJA SINOPSE DO RELAT�RIO DA CIA. AGR�COLA DO RIBEIR�O PRETO - 1902, NO LINK:

http://www.plataformaverri.com.br/?bib=1&local=book&letter=R&idCity=24&idCategory=7&idBook=2454

VEJA, NO LINK ABAIXO, INFORMA��ES SOBRE A ESTRADA DE FERRO CHIMBORAZO:

http://www.estacoesferroviarias.com.br/lugaresesquecidos/faz_chimborazo.htm

https://vapor-minimo.blogspot.com/2014/

A PROP�SITO DAQUELE QUE FOI UM DOS SEUS PROPRIET�RIOS, ANTONIO CARLOS DE ARRUDA BOTELHO, O CONDE DE PINHAL, VEJA V�DEO SOBRE A HIST�RICA FAZENDA DO PINHAL, EM S�O CARLOS-SP

https://www.youtube.com/watch?v=ns9nYcyS0Zg

ESTA��O TIBIRI�A DA LINHA TRONCO DA CIA. MOGIANA: Veja os links:

https://www.youtube.com/watch?v=ukyEguwwjPQ&t=342s

https://www.youtube.com/watch?v=-9z00KLBbEs