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Você Sabia?
 
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VOCÊ SABIA...que, no dia 26 de novembro de 1869, a CAPELA de São Sebastião do Ribeirão Preto tornou-se CURADA por provisão do Bispo de São Paulo? Por ocasião da ocupação da área que veio a constituir o município, as posses era esparsas. A  religiosidade, contudo, aglomerava as pessoas, principalmente em datas a ela relativas. O inicial Cruzeiro, com o tempo, era substituído por uma Capela com esporádicas visitas de um padre. Mas,  à medida que o seu entorno fosse sendo ocupado, formando um Arraial, ia tendo reconhecimento religioso e civil. Com efeito, no Brasil do período Colonial, em razão do Regime do Padroado, que vigorou até a proclamação da República, para que existisse o reconhecimento religioso e oficial de uma aglomeração, exigia-se, além de condições materiais,  a autorização integrada dos poderes da Igreja e do Governo, mesmo porque o templo religioso exercia muitas atividades civis, como registro de nascimento, casamento e óbito, bem como era indispensável para a regularização da posse da terra.  Se já houvesse uma Capela com patrimônio religioso suficiente e regularizado, bem como celebrações realizadas regularmente por um padre (geralmente visitante), este local poderia tornar-se “Capela Curada”. Já com esse título, e com o aumento do povoado, seus responsáveis e moradores poderiam solicitar à Assembleia Provincial (Governo) a criação de uma “Freguezia”, entidade político administrativa civil. Simultaneamente, perante o bispado, seria pedida a criação da Paróquia, entidade religiosa, com funções civis.  Como é da história, nos primórdios de Ribeirão Preto, dois núcleos  em terras indivisas se formaram: PALMEIRAS e BARRA DO RETIRO. Nas Palmeiras, seus moradores tentaram constituir o patrimônio da  Capela erigida em devoção a São Sebastião das Palmeiras, sem sucesso, em razão de insuficiência de área doada e problema com a titularidade.  Já com relação à BARRA DO RETIRO, em 28 de março de 1863, após tenaz resistência dos moradores das Palmeiras, o Padre Manuel Euzébio de Araújo, em cumprimento às ordem do Bispo Diocesano de São Paulo, visitou a área das terras doadas para a formação do  Patrimônio da Capela de São Sebastião do Ribeirão Preto, considerando-a perfeitamente especificada e regularizada a titularidade da Igreja, isto definido,  em 19 de junho de 1856, nos autos da Ação de Divisão da Fazenda “Barra do Retiro”, ajuizada anos antes  pelos condôminos Antônio José Teixeira Jr., Severino Joaquim da Silva e José Borges da Costa e sua mulher Maria Felizarda. Assim, na área especificada, o religioso  marcou o local em que deveria ser  construía a Matriz (2a,Capela), pois aquela primeira (1853) não comportava a quantidade de fiéis. Logo, então, a nova igreja em louvor a São Sebastião do Ribeirão Preto teve a sua construção iniciada.  Em 02/01/1868, já com a igreja praticamente concluída, houve a sentença do Vigário Geral Joaquim Manoel Gonçalves de Andrade, na qual considerou os seguintes pontos: 1. A quantidade de 64 alqueires da doação; 2. O valor de 120 mil réis, que poderia render anualmente seis mil reis, para a manutenção do patrimônio e do pároco e 3. Ter sido concluída a divisão da Fazenda “Barra do Retiro”, com a reserva do quinhão doado para o patrimônio da Capela de São Sebastião, com a perfeita definição das divisas. Atendidas, pois, as exigências, sob o aspecto religioso, e, em reconhecimento da importância populacional e econômica do lugar,  a Capela foi CURADA por provisão de 26/11/1869, tendo sido nomeado como  pároco do Curato o padre José Phillidory Torres, separando-se daquela de São Simão. Por outro lado, no que diz respeito à administração civil, atendidas as exigências de  população, renda, etc., aos 02.04.1870, pela Lei n. 51, a Assembleia Legislativa da Província de São Paulo elevou o povoado à categoria de FREGUEZIA (civil). Acompanhando essa providência civil, a Diocese de São Paulo providenciou a elevação da Capela Curada de São Sebastião do Ribeirão Preto à categoria de PARÓQUIA (nada mais do que a “freguezia” canônica), tendo sido a provisão firmada em 16/07/1870, pelo bispo de São Paulo, Dom Sebastião Pinto do Rego, tendo o padre José Phillidory Torres, como o primeiro pároco.  No que diz respeito ao nome, ficou sendo  São Sebastião de Ribeirão Preto., o que foi alterado quando da criação da VILLA (Município), em 1871, já sem o nome do santo.