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São Simão

Sumário / Índice
Dioguinho
de AMOROSO NETTO, João
Ano: 1949
Nº de Páginas: 306 pp.
Editora: Oficinas Gráficas do Departamento de Investigações
Trata-se de uma narrativa de muitos dos crimes praticados por Diogo da Rocha Figueira, o Dioguinho, feita pelo autor, que, à época em que o livro foi escrito, era Delegado de Polícia e valeu-se, como fonte de pesquisas, de processos judiciais arquivados em várias comarcas do Estado, onde pode verificar as declarações de testemunhas, do interrogatório de Dioguinho e de seus comparsas, denúncias e sentenças. Verificou, igualmente, noticiário dos jornais da época, livros e depoimentos orais de pessoas que ainda estavam vivas, contemporâneas de Dioguinho, que com ele conviveram ou conheceram de perto.
Embora fosse natural de Botucatu, com passagem por Tietê, as ações desse fora-da-lei aconteceram em São Simão, Cravinhos, Batatais, Altinópolis, Cajuru. Contratado para matar ou porque não ia com a cara de alguém, Dioguinho era implacável com as suas vítimas, das quais cortava as orelhas, juntando-as como pedras de um rosário. Ele era protegido pelos Coronéis, donos de extensas fazendas, a quem prestava os “serviços sujos”, pelo Juiz de Paz e até pela Polícia, que se limitava a abrir inquéritos ou a enviar uma escolta em sua perseguição, compostas por poucos soldados, os quais davam uma volta pela região e retornavam sem qualquer resultado prático.
Dioguinho praticou tantos homicídios e agressões, que as queixas contra ele foram se avolumando na Chefatura de Polícia, na Capital. Foram cartas anônimas e assinadas, notícias da imprensa da Capital e do Interior, relatos de pessoas que vinha da região Nordeste do Estado. Assim o Chefe de Polícia, Dr. Francisco Martiniano da Costa Carvalho resolveu mandar para a região o 4º Delegado Auxiliar Dr. Antonio de Godoi Moreira e Costa. Instalando-se em Cravinhos, esse policial e seus auxiliares deram início a um inquérito policial, ouvindo diversas testemunhas, ao mesmo tempo em que , procediam a busca de Dioguinho e seus companheiros. Quando soube da operação policial, Dioguinho estava em São Simão, na região do Pântano e da fazenda “Velha. Em companhia do irmão João Rocha, o Joãozinho, foi para o lugar conhecido por “Cortado” na casa de José Fernandes, onde pousaram uma noite e, no dia seguinte, seguiram para o “Retiro dos Veados”, em Guatapará, parando na casa de Cândido Teixeira da Silva. Ao depois, Cãndido os conduziu até a fazenda de Juca Fernandes, em Araraquara. Prosseguindo na fuga, Dioguinho e Joãozinho foram para a casa do parente José Santana, na Fazenda Santa Eudóxia, no Município de São Carlos, cujas terras margeiam o rio Mogi Guaçu. Dalí, auxiliado pelo barqueiro Urbano Pinto Colares, atravessaram o rio, numa largura de cerca de 200 metros, e foram se homiziar na outra margem, onde construíram uma cabana. Ao tomar conhecimento que Diogo e Joãozinho estavam na Fazenda Santa Eudóxia, o chefe de Polícia para ali enviou força policial comandada pelo Coronel França Pinto. Com a colaboração de José Santana e Urbano, que se viram ameaçados, esse comandante montou uma estratégia para atrair os dois irmãos para o lado de cá do rio, no local denominado “Porto Pedrinhas”. Quando se aproximavam da margem esquerda para apanhar víveres, foram fuzilados pelos soldados. O corpo de Joãozinho foi encontrado um pouco mais abaixo, no local conhecido por Monjolinho. O cadáver de Dioguinho jamais foi encontrado, o que alimenta, até hoje, a lenda de que ele não teria morrido.
O autor João Amoroso Neto foi escritor, jornalista e radialista. Na condição de Delegado de Polícia do Estado de São Paulo, foi responsável pelo Escritório Nacional (ECN) da Organização Internacional de Polícia Criminal – Interpol, no Brasil. Homem culto, dominava vários idiomas , sendo o patrono da cadeira n. 10, da Academia de Ciência, Letras e Artes dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo.
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