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São Carlos

Sumário / Índice
São Carlos e Sua Fundação
de BOTELHO FERRAZ, Maria Cecília
Ano: 1957
Nº de Páginas: 104 pp.
Editora: Editora Cupolo
Como acentuado, na sinopse do livro "Jesuíno de Arruda e a Fundação de São Carlos", uma polêmica antiga assumiu, em meados da década de 1.950, grandes proporções e monopolizou as atenções da intelectualidade de São Carlos e de outros pagos. Em 1.956 seria comemorado o centenário da fundação de São Carlos e seria preciso definir o verdadeiro fundador para ser homenageado. Teria sido Antonio Carlos de Arruda Botelho (27/09/1827-11/03/1901), (o Conde do Pinhal) ou Jesuino José Soares de Arruda (11/02/1811-05/07/1895)? Provocações públicas, artigos em jornais, livros, seminários… Tudo valia para provar que um ou outro era o “verdadeiro fundador” da cidade. Em defesa do Conde do Pinhal estava sua neta Maria Cecília Botelho Ferraz, e, ao lado de Jesuíno de Arruda estava o advogado e historiador Theodorico de Camargo. Na versão “botelhista”, o demarcador da Sesmaria do Pinhal, Carlos José Botelho,antes de morrer, se comprometera a doar as terras necessárias à constituição do patrimônio em louvor a São Carlos Borromeu, construção da capela e para a construção de casas e ruas necessárias ao povoamento. O local demarcado para a construção da capela, contudo, ficara no interior do quinhão de terras que teria sido adquirido por Jesuíno, por compra efetuada junto a herdeiros de Botelho. Mas, dada a amizade com o falecido, Jesuíno e sua mulher teriam se comprometido a satisfazer aquela última vontade, procedendo eles à doação de parte de sua área à Igreja, tendo ainda, requerido e obtida a licença para a construção da capela. Além de Jesuíno outros filhos e genros de Carlos José Botelho teriam feito doação de parte de suas terras à Câmara Municipal de Araraquara para loteamento de arruamento que possibilitasse o desenvolvimento da povoação, sendo que, um deles, Antonio Carlos de Arruda Botelho, na condição de presidente da Câmara Municipal de Araraquara tomara todas as providências para a regularização da urbanização, dotando, ainda, a povoação de outros melhoramentos. Essa era a “história oficial”, a partir do “Almanaque Literário da Província de S.Paulo, por Delfino da Fonseca, (1.863) Antonio José Batista de Luné(1.868) , Adolfo Augusto Pinto ( 1.888), Azevedo Marques(1879), Moreira Pinto, Eugênio Egas, Canuto Thormann(1.882), Cincinato Braga, no “Almanaque de S,Carlos”, de 1.894. Na trincheira de defesa do pionerismo de Jesuíno de Arruda, por primeiro, ergueu sua voz Amadeu Amaral, no “Correio de São Carlos, edição de 28 de agosto de 1.908, dizendo que Jesuíno, que já anteriormente fizera doação de 30 alqueires de terras para o patrimônio e requerido a necessária para erigir uma capela, sob a invocação de São Carlos Borromeu, partiu para a construção de uma capela, trazendo profissionais de Rio Claro, de um cemitério e tomou todas providências para o desenvolvimento da povoação. O advogado e historiador Theodorico de Camargo, que, por ocasião do lançamento do “Almanaque de S.Carlos de 1.915, repetira o que, antes, havia sido escrito a respeito por Cincinato Braga, reviu, logo depois, a sua posição, passando a acreditar nos argumentos de Amadeu Amaral, vindo a coordenar uma campanha de subscrição pública para angariar fundos para a construção de um túmulo à altura daquele que seria o “principal” fundador de S.Carlos, Jesuíno Arruda. Com o dinheiro, ao invés do túmulo erigiu uma herma no mesmo local onde Jesuíno possuiu uma chácara residencial, tendo-a inaugurado no ano de 1.934.Nela consta a inscrição “A Jesuíno Arruda, o principal fundador da Cidade. O Povo de São Carlos”. MXMXXXIV. Acabaram abraçando o partido de Jesuíno, os jornalistas Francisco de Assis Cintra, em publicações de 1.941 e 1944, e Aristides de Santi, em publicação de 1.953, e um neto de Paulino Carlos Arruda Botelho ( filho do médico Dr. Serafim Vieira de Almeida), o advogado Clóvis Botelho Vieira, em publicação de 1.957). O resultado do debate foi que, nas comemorações oficiais do centenário da cidade, o homenageado acabou sendo Antonio Carlos de Arruda Botelho. Restaram alguns livros que, ao tentarem levantar provas da preponderância de um ou outro sobre a fundação da cidade, acabaram por produzir importante material histórico. Alimentando a referida polêmica, o presente livro foi escrito, em 1.957, para rebater um artigo escrito pela "botelhista" Maria Cecília Botelho Ferraz, no jornal "A Cidade", de São Carlos, edição do dia 02 de outubro de 1.956. Justamente para rebater os argumentos do citado livro que, no período de 30 de março a 03 de agosto de 1.957, a "botelhista", autora do presente livro passou a escrever uma série de artigos refutando, um por um, os argumentos dos quais se valeu Theodorico de Camargo para rebater o que ela escrevera antes, insistindo em sua tese de que o principal fundador de São Carlos fora Jesuíno de Arruda. Portanto, o presente livro é uma coletânea desses artigo, lançado em 22 de outubro de 1.957.
A Autora Maria Cecília Botelho Ferraz
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