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Santa Rita do Passa Quatro

Sumário / Índice
Zequinha de Abreu Revisitado
de CORRêA GIFFONI, Maria Amália
Ano: 1986
Nº de Páginas: 122 pp.
Editora: Prefeitura Municipal
Em Santa Rita do Passa Quatro, como lembra a autora, Zequinha de Abreu é um ídolo. É seu o nome da via de acesso à cidade, na antiga e desativada estação ferroviária está o "Museu Zequinha de Abreu", na praça que recebe o seu nome( antiga Praça Rui Barbosa). Pontifica o seu busto, no Jardim Público. Igualmente tem o seu nome, a Corporação (Banda) Municipal. Um dos eventos principais é a "Semana Zequinha de Abreu". Não é para menos, pois o notável compositor de inúmeras peças musicais, dentre elas a valsa "Branca" e o choro "Tico-Tico no Fubá" levou o nome da cidade aos quatro cantos do mundo. Ainda na obra, a autora faz uma biografia do autor, seus antecedentes familiares, casamento, filhos, sua formação musical, sua participação em orquestras, bandas, saraus e serenatas. Relaciona sua enorme produção musical e relata suas atividades artísticas em São Paulo. Ao final, foram colhidos os depoimentos de contemporâneos de Zequinha de Abreu e relacionadas as homenagens postumas que lhe foram prestadas pelo Brasil e, principalmente, em Santa Rita do Passa Quatro.José Gomes de Abreu, mais conhecido como Zequinha de Abreu nasceu em Santa Rita do Passa Quatro em 19 de Setembro de 1880 e faleceu em São Paulo, 22 de Janeiro de 1935. Foi um músico, compositor e instrumentista brasileiro. Tocava flauta, clarinete e requinta. Um dos maiores compositores de choros, é autor do famoso choro "Tico-Tico no Fubá" que foi muito divulgado no Exterior nos anos 40 por Carmen Miranda. Filho do farmacêutico José Alacrino de Abreu e de Justina Gomes Leitão, estudou na escola de São Simão, cidade vizinha, transferindo-se depois para o Colégio São Luís, em Itu (SP). Em 1894, entrou para o seminário episcopal, em São Paulo (SP). Dois anos depois, retornou à Santa Rita do Passa Quatro para trabalhar na farmácia do pai. Aos 17 anos fundou sua orquestra para se apresentar em saraus, bailes, aniversários, casamentos, serestas e em cinemas, acompanhando os filmes mudos. Nessa época, fez suas primeiras composições, como "Flor da Estrada" e "Bafo de Onça".Num baile em Santa Cruz da Estrela (SP), conheceu a professora Durvalina Brasil, com quem veio a se casar em 1899. O casal viveu alguns meses no Distrito de Santa Cruz da Estrela, atual Jacerandi, próximo a Santa Rita. Cuidavam de uma farmácia e de uma classe de ensino primário. Afastou-se da música por um período, que seria breve. De volta à Santa Rita do Passa Quatro, retomou seu envolvimento com as partituras, criando a Lira Santa Ritense e a Orquestra do Cinema Smart. Conseguiu um emprego como escrevente da coletoria e, em 1909, tornou-se secretário da câmara municipal. A exemplo de seu pai, também teve oito filhos, todos batizados com nomes começados com a letra D: Durval, Dermeval, Dinorah, Doríval, Diva, Dirce...No final da década de 1910 compôs de improviso a valsa "Branca", em homenagem a Branca Barreto, filha do chefe da estação ferroviária de sua cidade. Em 1917, durante um baile, apresentou um choro e ficou surpreso com a reação entusiasmada dos pares de dança. Batizou a música de "Tico-Tico no Farelo", mas, como já existia um choro com o mesmo nome na época (composto por Américo Jacomino), resolveu pôr "Tico-Tico no Fubá". Apesar da boa acolhida, o choro só seria gravado quatorze anos depois, pela Orquestra Colbaz, dirigida pelo maestro Gaó. Interpretada por dezenas de artistas, tornou-se um dos maiores sucessos da música brasileira no século 20, inclusive no exterior.Além dessas atividades, continuava a compor e a coordenar a Lira Santa Ritense. Em 1919, mudou-se para São Paulo (SP), onde passou a trabalhar como pianista-demonstrador da Casa Beethoven, atraindo fregueses e curiosos que passavam na Rua Direita, e na Orquestra do Bar Viaduto. Seu piano, conjuntos e músicas eram muito requisitados. Incansável, ainda dava aulas de piano. Na Casa Beethoven, conheceu Vicente Vitale, com quem iniciaria uma grande amizade e uma ligação importante. Os irmãos Vitale iniciavam uma editora musical que iria lançar vários de seus sucessos. Além disso, ofereceram a Zequinha um contrato de exclusividade, com a obrigação de entregar uma música nova a cada mês, em troca de um ordenado fixo.Suas músicas foram gravadas inclusive por Lúcio Alves, que cantou "Pé de Elefante", "Rosa Desfolhada" (ambas em parceria com Dino Castelo). "Aurora" (com Salvador Morais) e "Amor Imortal" (com Braguinha).Zequinha não possuía ambição e sempre ajudava os amigos necessitados. Falava pouco, mas sorria bastante. Na boemia, fazia-se acompanhar dos filhos Durval e Dermeval, improvisando ao piano canções durante horas, com a cervejinha do lado.. Dois anos antes de morrer, fundou a banda Zequinha de Abreu. Boêmio , faleceu durante uma noitada, num quarto do Hotel Piratininga, em São Paulo (SP), de ataque cardíaco. Dezessete anos após sua morte, os cineastas Fernando de Barros e Adolfo Celi e a Companhia Vera Cruz homenagearam o compositor com o filme "Tico-Tico no Fubá" (1952) com Anselmo Duarte e Tônia Carrero nos principais papéis.
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