Acessos: 2.506.122
Livros
A
B
C
D
F
G
I
J
L
M
N
O
P
R
S
T
U
V
 
- Resende (2)
- Restinga (2)
- Ribeirão Bonito (3)
- Ribeirão Corrente (1)
- Ribeirão Preto (777)
- Rifaina (4)
- Rincão (3)
- Rio Claro (17)
 
Ribeirão Preto

Sumário / Índice
O patrimônio histórico afro-brasileiro na Ribeirão Preto do século XX - Coleção Nosssa História n. 4
de DE SOUZA, Sérgio Luiz
Ano: 2011
Nº de Páginas: 112 pp.
Editora: Gráfica São Francisco/Fundação Instituto do Livro
A obra é fruto da tese apresentada junto ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da FFCL da Unesp-Araraquara, para obtenção de doutoramento. Faz a abordagem das organizações negras, os processos de conformação das identidades e os locais de interação social utilizados pelas populações negras da cidade de Ribeirão Preto, ao longo do período situado entre a década de 1.930 e o final do decênio de 1.980. No âmbito da cidade de Ribeirão Preto, ao longo do século XX, atuações das populações negras amealharam conquistas que foram fundamentais para a afirmação de sua inclusão social. Os clubes e sociedades recreativas e beneficentes foram um dos principais formatos encontrados pelos grupos negros no sentido de sua participação na comunidade. Nesse sentido foi o time de futebol da Ponte Preta, os “bailes de barraca”, a “Folia de Reis” ou “Reisado” e as “Congadas”, que aconteciam em bairros como os Campos Elíseos, Santa Cruz, no Bangu e na região da atual Vila Abranches. Alguns marcos, como a “casinha de tábua”, na rua Camilo de Mattos, tornaram-se um patrimônio dessas rememorações, como as festas em louvor a Santo Antonio. Outras manifestações e pontos de agregação foram as procissões, batuques e festas de famílias. Nessas atividades, muitos negros iniciaram as suas primeiras alegorias que, mais tarde, tornariam base para evoluções pelas ruas centrais da cidade, como passistas nos blocos de carnaval. Como pontos referenciais, a população negra da cidade perdeu para os brancos a Igreja de São Benedito, em razão de sua localização em local nobre da cidade, mas conserva do “Clube José do Patrocínio”, que, na década de 1.980, conseguiu incluir várias das manifestações das populações negras, como o “Reisado”, a “Congada” e “ Moçambiques””, no calendário oficial da cidade. Outro ponto de reunião da população negra foi a antiga UGT, que era freqüentado pelo Grupo Travessia, o Grupo Cativeiro de Capoeira, os Feconezus, os bailes de gala e bailes Black, além de concursos de beleza. Mas não há outra manifestação tão importante para a interação da população negra com a branca, como o Carnaval, onde se destacaram “Os bambas”, “Os Meninos e as Meninas Lá de Casa”, “Os Aliados”, “Os Embaixadores dos Campos Elíseos”, “Os Acadêmicos do Ipiranga”, do Mestre Oscarzinho e a “Tradição do Ipiranga”.
O autor: Sérgio Luiz de Souza é graduado em Engenharia Química pela Unaerp e em História pela Uni-Mauá, em Ribeirão Preto. Concluíu Mestrado em Sociologia pela Faculdade de Ciências e letras da Unesp-Araraquara, onde também realizou seu Doutorado no mesmo programa de pós-graduação. Na atualidade é Pesquisador Associado junto ao CLADIN ( Centro de Estudos das Línguas e Culturas da Diáspora negra) e ao LEAD ( Laboratório de Estudos afro-brasileiro e da Diversidade) ambos na Unesp. Leciona História no Ensino Médio da Rede Estadual Paulista. Também é professor na Uniesp-Ribeirão Preto, onde ministra Sociologia, História Econômica e outras disciplinas. Membro da Rede de Cooperação Identidades Culturais sob a coordenação da Secretaria da Cultura de Ribeirão Preto e do IPHAN. É autor do livro (RE) Vivências Negras: Entre Batuques, Bailados e Devoções - Práticvas Culturais e territórios Negros no Interior Paulista
voltar