Trata-se mais uma publicação da editora Nohvaa América, especializada em obras didáticas relativas a cidades. Focaliza Orlândia nos seus aspectos histórico, dados estatísticos, econômico, esportivo, saúde, educação, cultura, político-administrativo. No que diz respeito à história, consta que o Cel. Francisco Orlando Diniz Junqueira, dono de muitas terras no município e comarca de Nuporanga e criador de gado e de cavalos e produtor de café, em sendo vereador, em 1896, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Nuporanga, tornando-se, por conseguinte, o Intendente ( Prefeito), tendo sido reeleito, por diversas vezes, até 1.910. Na ocasião, Nuporanga tinha como Distritos de Paz: Sant´Ana dos Olhos D´Agua (Ipuã), São José do Morro Agudo, São Joaquim e Sales de Oliveira. Com a expansão da Estrada de Ferro Mogiana, ramal de Igarapava, e em razão do seu prestígio como presidente do PRP e articulações políticas, no dia 1º de dezembro de 1.901, o Cel.Francisco Orlando inaugurou uma estação, com o seu nome, dentro de sua fazenda “Boa Vista”. Esse fato alimentou o sonho do coronel, o qual ele concretizou, de fazer uma cidade com o seu nome, no entorno daquela estação, e levar para lá a sede da Comarca. Por primeiro, doou à municipalidade de Nuporanga as terras naquele entorno, demarcou o local onde seria erigida a capela e construiu o sistema de água e esgoto, fazendo também instalar telefone do prédio da estação. Assim agindo, em 1908, a florescente povoação passou a Distrito de Paz com o nome de Vila Orlando. Em dezembro de 1908, o Coronel desarticulou uma tentativa de São Joaquim se transformar na sede da Comarca ( daí surgindo a divergência política “Gafanhotos” X “Jaburus”). A igreja, sob a invocação de Santa Genoveva( nome da mulher do Coronel), foi concluída em 1.910. Na sessão da Câmara de Nuporanga, em 1º de outubro de 1.909, o vereador pelo Distrito de São José do Morro Agudo, Manueto Ferrari fez a indicação para a transferência da sede do município e da comarca para Vila Orlando, tendo sido aprovada por 5 votos. A transferência da sede do Município e Comarca, de Nuporanga para a Vila Orlando realizou-se no dia 30 de março de 1.910, daí a fixação desta data como a do aniversário da cidade. O Coronel Francisco Orlando permaneceu na Presidência da Câmara, tendo sido eleito prefeito, agora no município de Orlândia, até o ano de 1.926. Nesse período Orlândia passou por um desenvolvimento urbanístico ímpar, chegando a receber a denominação de “Cidade das Avenidas” e “Cidade Jardim”. Era evidente a preocupação com a higiene e salubridade da cidade. Foi feito o calçamento, com pedras trazidas de Itapira e São João da Boa Vista, tendo a Mogiana concedido uma redução de 25% no frete. Na obra, é ressaltada a participação, no desenvolvimento do município, dos afrodescendentes e dos imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, sírio-libaneses e japoneses. Ainda aborda a participação do município na Revolução Constitucionalista de 1.932, com a organização da “Cavalaria Rio Pardo”, dada a tradição da família Junqueira e as pessoas a ela ligadas na criação de cavalos da raça “Mangalarga”. Esse regimento montado lutou bravamente na região sul do Estado, onde ocorreu o sacrifício dos orlandinos Henrique Junqueira Franco e Mário Furtado. Ainda em decorrência dessa importante criação, Orlândia se destaca, até os dias atuais, na prática do Polo, introduzido, em 1.924, pelo inglês Ernest Colson, que provocou a fundação da Sociedade Hípica de Orlândia. A propósito do esporte, no futebol, menciona a história e trajetória da Associação Atlética Orlândia. Nos dias atuais, a cidade se destaca no futsal, com a equipe da Associação Desportiva Classista Intelli. Na sequência, a obra se refere às atividades econômicas, com destaque para a agricultura, indústria e comércio. Orlândia foi a introdutora da soja na região e no seu processamento com a Cooperativa Carol e a empresa Comove. Produz, ademais, milho, sorgo, cana de açúcar. No parque industrial, destaque para a Intelli , Metalúrgica Orlândia SA – Morlan e Arroz Brejeiro. No livro são apresentados os estabelecimentos públicos relacionados com a Educação, Saúde e Lazer. Por fim são apresentados os símbolos municipais – a bandeira, o brasão e o hino, bem como a galeria dos prefeitos.